Centenas de soldados regressam às unidades

Centenas de soldados do exército da República Centro-Africana, que se tinham juntado às milícias "antibalaka" de oposição ao antigo Presidente Djotodia, ou que fugiram com medo de serem mortos, regressaram hoje ao comando de Bangui.
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Estes soldados, na maioria vestidos à paisana, apresentaram-se para o registo na escola de administração e magistratura (ENAM) centro-africana, onde o estado-maior das forças armadas instalou um gabinete, na sequência do apelo, no domingo, do chefe do Estado-maior, general Ferdinand Bomboyeke, para que os soldados regressassem às casernas até segunda-feira.

"Apresentaram-se em grande número e continuam a chegar mais. Responderam ao apelo do general. É um alívio, é um sinal muito bom", declarou à agência noticiosa francesa AFP o coronel Désiré Bakossa, do estado-maior, que está a supervisionar as operações de registo na ENAM.

Centros semelhantes foram abertos no comando da guarda e na esquadra central de Bangui, para elementos das forças policiais.

Vários milhares de soldados, guardas e polícias tinham desertado nos últimos meses, com receio de serem vítimas de represálias dos militantes da coligação islamita Séléka, dominantes nas forças do presidente Michel Djotodia, que apresentou a demissão na sexta-feira.

No domingo, o presidente do parlamento provisório, Alexandre-Ferdinand Nguendet, que assegura interinamente as funções de chefe de Estado, afirmou que o "objetivo era acabar com os tiros, pilhagens, abusos e violações no prazo de uma semana", na capital.

Nguendet acrescentou que pretendia colocar as forças de segurança centro-africanas nas ruas para garantir a segurança, ao lado dos soldados franceses e africanos.

Um total de 1.600 soldados franceses e cerca de 4.000 soldados africanos estão a tentar restabelecer a ordem e restaurar a segurança na antiga colónia francesa.

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