"A preocupação fundamental que temos é em relação à evolução de todo o processo dos ENVC e que eventualmente possa conduzir no futuro para a renovação dos navios, que poderão e deverão ser construídos em Portugal e que irão renovar navios com quarenta e muitos anos que temos para vigilância de uma área vastíssima de mar sob a nossa responsabilidade", afirmou à agência Lusa o almirante Saldanha Lopes..O chefe militar frisou que a resolução do Conselho de Ministros que revogou a construção de seis navios de patrulha oceânica e cinco lanchas de fiscalização "é explícita" quanto à continuação deste processo no futuro.."No que respeita aos navios de patrulha estamos reduzidos a três, eram dez inicialmente, e a seis corvetas, temos feito alguns investimentos [de manutenção] ao longo dos últimos cinco, seis anos no sentido de prolongar a vida útil dos navios, o que tem acontecido, o Arsenal do Alfeite tem sido fundamental para essas ações", declarou..Saldanha Lopes referiu que um dos navios de patrulha, o Viana do Castelo, "já está operacional em missões de busca e salvamento" e que o Figueira da Foz estará a funcionar em oito meses, mas que a Marinha precisa dos equipamentos que estavam inicialmente previstos..Questionado sobre até quando se podem prolongar as ações de manutenção nos navios mais antigos da Armada, o CEMA disse que "é evidente que não duram para sempre", e que espera que "num prazo de quatro, cinco, seis anos" estes possam começar a ser substituídos..O chefe da Armada disse que "voltar a construir os navios que faltam é fundamental" e que espera que isso comece a partir de 2014 para que, "gradualmente, até 2024, 2025, se possa completar este programa".