Cem mortos a bordo de embarcação com clandestinos

Cerca de cem imigrantes que viajavam numa embarcação proveniente da Líbia que hoje alcançou a ilha italiana de Lampedusa morreram durante a travessia e os seus corpos foram deitados ao mar, referiu uma marroquina citada pela agência Ansa.
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"Éramos 300, mas uma centena, sobretudo mulheres, não sobreviveram, e os homens foram obrigados a deitar os seus corpos ao mar", afirmou a mulher, que foi resgatada pela guarda costeira italiana, juntamente com os restantes passageiros da embarcação. Os imigrantes estavam desidratados e três deles, incluindo uma mulher grávida, foram transportados de helicóptero desde o barco, com cerca de 20 metros, até terra firme.

Diversos "sem papéis" também confirmaram as declarações da sua companheira de viagem marroquina. Explicaram que saíram da Líbia na passada sexta-feira, que o barco navegou à deriva após uma avaria no motor, e que após as primeiras mortes os cadáveres foram lançados ao mar. A embarcação foi avistada pela guarda costeira italiana a 90 milhas de Lampedusa, e inicialmente socorrida por um helicóptero com produtos de primeira necessidade.

O comandante da capitania do porto de Lampedusa disse que foi encontrado um morto no interior do barco, mas assegurou que não foram avistados cadáveres na zona em que o barco foi rebocado, sublinhando que "não é possível confirmar" o testemunho dos imigrantes. A 01 de Agosto os guardas costeiros italianos encontraram 25 mortos num barco onde viajavam 271 imigrantes, que foi resgatado frente às costas da ilha italiana do Mediterrâneo.

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