CDS: "A descentralização não é uma guerra norte-sul"

Na abertura das jornadas parlamentares do CDS, o presidente da bancada Nuno Magalhães avisou António Costa que o partido não vai desistir de fazer propostas
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"A descentralização não é uma guerra norte-sul, aliás já em desuso, assegurou o líder da bancada centrista, no final do almoço-debate que marcou o primeiro dia das jornadas parlamentares. Numa intervenção marcada pelos exemplos de propostas de lei do CDS que têm sid travadas pela maioria de esquerda, Nuno Magalhães deixou implícita a crítica ao presidente eleito do PSD, Rui Rio, que questionou a localização em Lisboa do centro da Google.

Nuno Magalhães lembrou que o CDS apresentou "vários projetos de descentralização, que tantas vezes António Costa já repetiu ser uma questão estruturante para o país mas, mais uma vez, a esquerda não se entendeu e fez as propostas baixarem à comissão para que as divergências não sejam públicas e possa haver acordos privados". O presidente do grupo parlamentar do CDS sublinhou que "descentralização serve para combater as assimetrias e as desigualdades, não para criar mais jobs for the boys". Deu como exemplo o distrito de Setúbal, onde dois concelhos, Setúbal e Palmela "entre os cinco concelhos nacionais que mais riqueza produz para o país, mas que não recebe na mesma proporção essa riqueza". A concluir esta tema e apesar das críticas à esquerda, Magalhães manifestou a "disponibilidade" do CDS para "consensos em matéria de descentralização"-

Em balanço da atividade legislativa, Nuno Magalhães salientou que os deputados centristas cumpriram o que lhes foi pedido pela presidente, Assunção Cristas: "serem uma força muito impositiva nas eleições autárquicas e ajudarem a presidente nos objetivos ambiciosos, e, por cada crítica que fizessem, apresentassem uma proposta". O presidente da bancada recordou que, só em sede de orçamento, o CDS apresentou mais de 90 propostas e foram todas chumbadas, mesmo aquelas que o PS tinha plagiado". "Caiu a máscara de diálogo e de procura de consensos do PS. Se isto não é sectarismo político, o que será", assinalou. "Mas se o PS e António Costa pensa que vamos deixar de fazer propostas, enganam-se. Vamos continuar".

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