Apoios comunitários têm que ser criteriosamente aproveitados.O Presidente da República considera "inaceitável qualquer atitude de resignação perante o desempenho da economia portuguesa nestes primeiros anos do século XXI". Para Cavaco Silva, os portugueses "não podem conformar-se com uma retoma mínima, ao sabor das flutuações conjunturais". O Chefe do Estado, que falava ontem na sessão de abertura do 2.º Congresso Nacional dos Economistas, disse que Portugal "precisa de um regresso à "convergência real" com o grupo de países mais de-senvolvidos da União Europeia..Cavaco Silva defendeu que o novo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para 2007-2013 terá de colocar Portugal na média da União Europeia, e frisou que os "apoios comunitários têm de ser criteriosamente aproveitados". O Presidente disse que o QREN "é um desafio que exige liderança política forte mas também uma mobilização nacional"..O Presidente da República sublinhou ainda o papel fundamental das PME no desenvolvimento económico do País. Cavaco Silva defendeu que elas "merecem uma atenção especial das políticas públicas" e lembrou que a "tão necessária reestruturação do tecido empresarial não pode ser feita contra as PME". A este propósito, lembrou que a Comissão Europeia se prepara para colocar a questão das PME no centro da sua agenda, com a intenção de libertar o potencial de criação de emprego destas empresas. "Esta é, aliás, uma obrigação tão económica como de coesão social e territorial", adiantou..A desertificação foi outras das preocupações que o Chefe do Estado levou aos congressistas, sustentando que este problema exige "um combate concertado por parte da Administração Central, autarquias, agentes económicos e sociais"..Cavaco Silva salientou ainda o "papel crucial" dos economistas nas sociedades modernas e apelou ao seu empenho, "sobretudo dos jovens", no "urgente" desenvolvimento da iniciativa empreendedora. O Presidente defendeu que o empenho na inovação deve contribuir também para a melhoria das políticas públicas, nomeadamente na área da saúde, educação, segurança social e ambiente e não se limitar à realidade empresarial..Durante a sessão, o Chefe do Estado entregou a distinção de membro honorário atribuída pela Ordem dos Economistas a Jacinto Nunes, Bento Murteira e Simões Lopes, e entregou galardões de prémio de carreira a Ernâni Lopes, na área da economia política, e Eduardo Catroga, no sector da gestão (ver caixas ao lado)..O Congresso dos Economistas termina hoje. O primeiro-ministro preside à sessão de encerramento. Antes, estão previstas intervenções, entre outras, de Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, e Edward Prescott, Prémio Nobel da Economia de 2004. Com agências