Cavaco Silva: "Eduardo Catroga foi um dos melhores ministros das Finanças do Portugal democrático"

Cavaco Silva, fez um elogio profissional do antigo ministro das Finanças, na cerimónia de homenagem da Ordem dos Economistas que lhe atribui esta terça-feira o título de Economista Emérito.
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Aníbal Cavaco Silva afirmou esta terça que a atuação de Eduardo Catroga à frente do Ministério das Finanças entre 1992 e 1993, "fez dele um dos melhores ministros das Finanças do Portugal democrático".

O antigo primeiro-ministro falava no auditório CGD do ISEG na tarde desta terça-feira, 27 de junho, onde fez o elogio profissional do ex-ministro na cerimónia de homenagem da Ordem dos Economistas que lhe atribuiu o título de Economista Emérito.

Perante uma assistência em que estavam muitas personalidades do mundo académico e político, como Pedro Passos Coelho, Carlos Moedas e a também antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite; o antigo primeiro-ministro disse que, como ministro das Finanças, na década de 1990, "Eduardo Catroga foi o impulsionador do lançamento da economia portuguesa em bases sustentáveis", com crescimento, com expansão do consumo privado.

"O seu contributo foi decisivo para que, em 1995, Portugal apresentasse saúde financeira e integrasse o grupo dos países fundadores da Zona Euro", acrescentou ainda.

Afirmando que "Eduardo Catroga foi um marco importante para o Portugal democrático", Cavaco Silva disse que aquele que foi seu ministro das Finanças deu provas de um domínio das questões económicas muito para além do que normalmente exigido a responsável por aquela pastas. Com isso, surpreendeu os analistas pela sua "sólida formação sólida formação teórica e pela capacidade de utilização prática dos modelos e raciocínios da macroeconomia, em particular, da política de estabilização económica".

Segundo o prof. Cavaco Silva, o seu ministro "demonstrou bem claro que, na sua mente, entendia que a situação em que o país se encontrava era essencial que a utilização dos instrumentos das políticas orçamental, monetária, cambial e de rendimentos fossem acompanhadas políticas estruturais de modo a reforçar, numa perspetiva de médio e longo prazo, o crescimento potencial da economia e a eficiência económica e competitividade das empresas".

Catroga, o homem que inventou a expressão "retoma da economia", para o antigo primeiro-ministro - que andou anos a convidá-lo para ser seu ministro e só ao terceiro convite conseguiu demovê-lo - "demonstrou capacidade para aplicar os seus conhecimentos e colocá-los ao serviço da prática política.

O título que Ordem dos Economistas agora confere a Eduardo Catroga, na sua perspetiva, não podia, portanto ser mais merecido, concluiu.

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