Catarina Wallenstein brilha em comédia inglesa

A atriz portuguesa participa no filme "The Knot", que estreia esta sexta-feira, dia 5, em Londres. Catarina Wallenstein aparece na pele de uma assistente de cabeleireiro, mas ao DN, a artista apressa-se a defender: "Não mereço mais respeito por trabalhar no estrangeiro".
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Depois das atrizes portuguesas Daniela Ruah e Sofia Escobar terem conquistado, respetivamente, um "lugar ao sol" nos Estados Unidos da América e em Inglaterra, é, agora, Catarina Wallenstein quem se afirma fora de Portugal.

A atriz portuguesa, 25 anos, foi escolhida para fazer uma participação no filme "The Knot", uma comédia romântica inglesa que traz a história de dois jovens que vivem vários desastres e infortúnios no dia do seu casamento.

Durante três dias, Catarina Wallenstein, que fez uma última participação televisiva na série "Destino Imortal", exibida na TVI - esteve em Chislehurst, no sul de Londres, onde diante das câmaras de filmar, fingiu ser Pollyanna, uma assistente de cabeleireiro responsável por pentear e maquilhar a noiva.

"Aceitei este convite por se tratar de uma participação para cinema. Quanto à Pollyanna, diria, que é uma mulher servil e organizada", afirmou a atriz ao DN.

Catarina Wallenstein gravou ao lado de figuras internacionais da Sétima Arte, entre elas a actriz norte-americana Mena Suvari, protagonista do filme "Beleza Americana". No filme, as duas actrizes vivem uma atração física e trocam um beijo.

"A minha personagem é a Sarah. Ela vem da América. O beijo com a Catarina é algo se descobre no fim da história. Não tenho qualquer problema em beijar uma mulher, já fiz papéis gay em muitos outros projectos. Não acho que o importante deste filme seja que a Mena Suvari vai beijar a Catarina", revelou a atriz norte-americana ao DN.

A sensibilidade artística de Catarina Wallenstein despertou a atenção de Noel Clarke, co-autor e realizador da comédia romântica. "Quando pensei em fazer este filme, espreitei o trabalho de quatro a cinco atrizes portuguesas, mas para mim a Catarina era a melhor de todas. Ela é muito boa porque é muito cúmplice, demonstra bem que está dentro da personagem. E é muito emocional", elogiou o responsável.

Curiosa para conhecer aquela que será a reação do público português dispensa, porém, louvores. "Não mereço mais respeito por trabalhar no estrangeiro. O público não devia levantar-se para ir ver a Catarina que está a trabalhar num filme inglês. Deveria levantar-se,sim, aos poucos e criar hábitos de ir ver cinema português", afiançou a jovem artista.

Apesar de somar no currículo participações em produções de cinema em Portugal - integrou o elenco dos filmes "Singularidades de uma Rapariga Loura", "A Vida Privada de Salazar" - e em França, a atriz assume ter vontade de continuar a apostar numa carreira além-fronteiras mas sem nunca deixar Portugal para trás. "Quanto mais internacional for uma carreira, melhor. Mas não gostaria de ser um daqueles ícones que vão para fora e nunca mais cá põe os pés. Gostaria de ficar ligada ao meu País", afirmou.

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