Caster Semenya luta no tribunal para continuar a competir entre as mulheres
Caster Semenya inicia esta segunda-feira no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), sediado em Lausanne, uma batalha jurídica relativa a uma nova regra da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) que limita o nível de testosterona das atletas que disputam provas femininas.
A atleta sul-africana interpôs um recurso no TAS para que possa continuar a competir em competições femininas, algo que deixaria de ser possível com esta nova regra, tendo em conta os altos níveis de testosterona produzidos pelo seu organismo.
Os advogados que vão defender Semenya no TAS defenderam, em comunicado, que "as mulheres com diferença no desenvolvimento sexual têm variações genéticas que não são diferentes de outras variações registradas no desporto". "Caster pede para ser respeitada e tratada como qualquer outra atleta", acrescentando que "os seus dons genéticos devem ser celebrados e não serem alvo de discriminação".
Semenya, bicampeã olímpica dos 800 metros, defende que o seu caso é diferente dos atletas transgéneros porque nasceu e vive como mulher, argumentando que "é discriminação" impedi-la de disputar provas femininas.