Caso O.J. Simpson chega hoje com a crítica dividida

American Crime Story estreia-se na Fox. As opiniões dividem-se quanto ao elenco
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É, a par do regresso de Ficheiros Secretos, um dos assuntos televisivos que mais têm sido falados no arranque de 2016. Para o bem e para o mal. American Crime Story: The People v. O.J. Simpson, que se estreia nesta noite entre nós na Fox Portugal, pelas 22.15, tem-se dividido entre críticas negativas e positivas por parte dos fãs nas redes sociais e também do lado da crítica. Baseada na obra The Run of His Life: The People v. O. J. Simpson, com argumento de Scott Alexander e Larry Karaszewski e ainda produção executiva de Ryan Murphy (American Horror Story, Nip/ /Tuck, Glee e Scream Queens), a nova série dramática de dez episódios retrata o denominado "julgamento do século", que terminou com a ilibação de O.J. Simpson, antigo jogador de futebol americano das acusações de homicídio da ex-mulher, Nicole, e de um amigo desta, em 1994 e 1995.

E se muitos elogiam a fidelidade da série à história original, e mesmo até aos penteados e roupas dos protagonistas, há quem se queixe de um excesso de importância dada à família Kardashian. David Schwimmer (o Ross de Friends) interpreta Robert Kardashian, jurista e parte da equipa de defesa de O.J. Simpson, também ele patriarca da mediática família -mas há também participações na série das filhas Kris Jenner, Kim, Kourtney e Khloé, em versão júnior.

Na sua maioria, os elogios no elenco têm sido dirigidos a Cuba Gooding Jr. e Sarah Paulson, os dois primeiros nomes a ser escalados para esta série e que interpretam O.J. Simpson e a procuradora Marcia Clark. "Gooding puxa pelos outros atores e interpreta com profundidade. Paulson brilha novamente com um papel desafiante", lê-se na crítica do Indiewire. "Paulson é uma Marcia Clark intensa", frisa o Denver Post. O USA Today refere que a performance de Gooding Jr. é merecedora de um Emmy.

Neste que é o seu regresso à TV depois de décadas de ausência, John Travolta tem recebido, curiosamente, várias críticas negativas pelo seu papel de Robert Shapiro, advogado de defesa de Simpson. "Travolta está horrível, com excesso de maneirismos que tornam o advogado numa piada", diz a crítica da Variety. Já o Las Vegas Weekly denota "um tom de voz sem nexo e demoníaco em Shapiro" [Travolta]. Ken Tucker, do Yahoo, refere as "reações exageradas" de Travolta na trama: "Não era, de todo, assim que Shapiro falava, mas é uma interpretação fascinante."

Opiniões divididas à parte, a verdade é que a curiosidade em torno da série antológica acabou por se traduzir em números. Mais de cinco milhões de norte-americanos viram o primeiro episódio da trama no FX, o melhor resultado para uma estreia na história deste canal.

American Crime Story é o mais recente exemplo da nova tendência da ficção norte-americana: a exploração de crimes reais. A esta série junta-se o muito falado documentário Making a Murderer, The Jinx, Narcos, e as futuras minisséries sobre Bernie Madoff e o recém-capturado El Chapo.

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