Caso do médico expulso por rejeitar doping vai a tribunal
O médico reclama da Xacobeo o pagamento de oito salários de 2009 e a totalidade correspondente a 2010, mais uma compensação pelos "danos morais" sofridos. As queixas neste processo têm dois sentidos: a equipa também processa o clínico por "incumprimento sistemático de contrato" e por ter alegadamente prejudicado a imagem da formação.
No dia em que se disputou a quarta etapa, Bastida foi dispensado pela Xacobeo Galicia. A equipa justificou a contratação de Beltrán com falta de disponibilidade de Bastida, para quem acompanhar o grupo durante a Vuelta "excederia os dias de serviço estabelecidos pelo contrato" e por "uma manifesta dificuldade, no plano estritamente pessoal, para se integrar na dinâmica do grupo". Justificação que só foi dada quando Batisda exigiu, junto da governo autonómico da Galiz,a o pagamento dos salários.
Batisda tem outra versão sobre a sua demissão. Para o médico, ele era "um obstáculo", pois "não estava disposto a autorizar práticas de dopagem". "A aposta que fizeram foi deixar-me na rua e substituir-me por um médico 'dopador', que já tinha sido detido em Itália por esse motivo e que vinha da Liberty com três casos de EPO [eritropoietina] às suas costas", declarou Batisda, citado pela EFE.
Beltrán foi demitido também durante a Vuelta quando, quando foram conhecidos os três positivos na Volta a Portugal (do português Nuno Ribeiro e dos espanhóis Hector Guerra e Isidro Nozal) e se soube que fora contratado pela Xacobeo quando a prova espanhola já decorria e, ainda por cima, após a demissão repentina do médico habitual da equipa.