Casa da Moeda pede exceção a cortes

Mais de uma centena de trabalhadores da Casa da Moeda concentraram-se hoje em frente da empresa, em Lisboa, exigindo que os salários não sejam cortados este ano, à semelhança do que foi decidido para a TAP e para a CGD.
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"Os trabalhadores estão aqui para exigir os mesmos direitos que o Governo decidiu, a título de exceção, para algumas empresas do setor empresarial do Estado, e em protesto contra o congelamento dos salários do ano de 2010, 2011 e de 2012", disse à agência Lusa o dirigente sindical Navalha Garcia.

Reunidos em plenário junto da Casa da Moeda, depois de os 'Homens da Luta' terem cantado "o que faz falta é dar moeda à malta, o que faz falta...", os trabalhadores manifestaram-se também contra o corte nos subsídios de férias e Natal este ano.

Além disso, criticaram a administração da Casa da Moeda por ter congelado as progressões nas carreiras, quando a empresa deu lucros da ordem dos 23 milhões de euros em 2011 e no ano anterior.

O dirigente do Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE), Navalha Garcia, referiu ainda que, como foi decidido no último plenário, no dia 20 de março, os trabalhadores vão "voltar aqui", à Casa da Moeda, para demonstrarem "a sua indignação".

No final do plenário foi aprovada uma resolução para perspetivar "novas formas de luta em relação ao futuro" e que passam pela próxima concentração junto à empresa, em Lisboa.

O documento solicita também à administração da Casa da Moeda que peça ao Governo o mesmo tratamento em termos de direitos que o aplicado na TAP e na CGD, pois são sempre "os trabalhadores a pagar a crise".

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