Carrillo admite rescindir com justa causa se for forçado a reintegrar-se

Peruano entende não haver condições para voltar à formação principal dos leões; em última instância aceita a equipa B
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O processo disciplinar que o Sporting instaurou a André Carrillo, em outubro de 2015, está perto do seu final, faltando ouvir apenas Bruno de Carvalho, presidente dos leões, e Guilherme Pinheiro, administrador da SAD. E, sabe o DN, o jogador já foi informado que a reintegração no plantel principal poderá ser uma realidade por decisão do instrutor do processo. Este cenário, no entanto, é um desfecho que o sul-americano não vê com bons olhos, ponderando mesmo a rescisão com justa causa se for forçado a tal.

Refira-se que o Sporting suspendeu Carrillo depois de este e o seu empresário, Elio Casareto, não terem desejado renovar o contrato que termina no final da temporada. Isto após várias reuniões sem entendimento entre as partes. Os leões entendem que ambos desejaram prejudicar financeiramente o clube, desejando sair a custo zero, pelo que instauraram um processo disciplinar ao extremo. Nos últimos quatro meses Carrillo esteve, por isso, proibido de entrar nas instalações leoninas e a trabalhar sozinho com um preparador físico, sem qualquer apoio do clube de Alvalade. Nesse sentido, o jogador entende que não estão reunidas as condições para ser reintegrado às ordens de Jorge Jesus.

Caso seja essa a sentença do processo disciplinar, Carrillo pondera avançar então para uma rescisão contratual, invocando justa causa pelo tratamento recebido nestes últimos meses. O jogador, refira-se, chegou, entretanto, a um entendimento com o Benfica para assinar um contrato com os bicampeões por cinco temporadas, até 2021, e a SAD encarnada poderá também ter uma importante palavra a dizer, de forma a evitar problemas futuros para o futebolista de 24 anos.

O jogador admite voltar a utilizar as instalações do Sporting, e até jogar pela equipa secundária dos leões numa última instância. Voltar à equipa principal é que Carrillo entende que não estão reunidas as condições, sobretudo pela presença de Bruno de Carvalho junto da mesma (é delegado aos jogos, marcando sempre presença no banco de suplentes durante as partidas dos verde e brancos). O Sporting, no entanto, caso o jogador não deseje o regresso ao convívio com a formação de Jorge Jesus, não admite, para já, uma integração na equipa B, só se a sentença do processo disciplinar assim o exigir.

Processos a Sporting e presidente

A "história" de André Carrillo com o Sporting e Bruno de Carvalho, presidente leonino, também não deverá ficar pelo fim do processo disciplinar. Segundo informações recolhidas pelo DN, o internacional peruano já fez ver aos seus advogados que pretende entrar na justiça com dois processos distintos, um contra o clube de Alvalade e outro tendo como alvo o máximo dirigente leonino.

O extremo entende que os leões o privaram de desempenhar a sua atividade sem qualquer justificação viável apenas por não pretender renovar o vínculo que finda no final da época, e que Bruno de Carvalho denegriu a sua imagem com declarações públicas.

Também Elio Casareto, empresário de André Carrillo, está a estudar um processo, mas apenas contra Bruno de Carvalho. Tal como o jogador, as razões invocadas para tal são as palavras do presidente leonino, consideradas ofensivas, durante as tentativas de renovação do contrato.

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