Carlos Sousa perde mais de duas horas e pode ter de desistir
Em 84.º na tirada, a 2.03.50 horas do francês Sebastien Loeb (Peugeot) - vencedor do troço de 387 quilómetros entre Villa Carlos Paz e Termas de Río Hondo - Carlos Sousa só chegou ao fim rebocado por outro Mitsubishi, do brasileiro João Franciosi. "Foi um dia em que tudo correu mal... Logo ao km 48, gripámos a poli da bomba de água e estivemos cerca de 30 minutos parados para conseguir remediar este problema, embora ficando sem direção assistida no carro", começou por explicar na sua página de Facebook o piloto português.
No primeiro ponto intermédia, Sousa era já 107.º, com um atraso de 22 minutos, vindo depois a subir um pouco na geral, para passar em 62.º no sétimo e penúltimo ponto intermédio. "Foi um esforço tremendo, mas a 80 km do final, o azar voltou a perseguir-nos. Numa zona relativamente lenta do percurso, o carro desligou-se e não mais voltou a funcionar. Viemos até ao fim da especial rebocados pelo nosso colega de equipa, João Franciosi, e vamos agora tentar chegar até ao acampamento para percebermos se é possível continuar...", disse.
Carlos Sousa equaciona mesmo a possibilidade de ser forçado a desistir: "Não sabemos se é apenas um problema elétrico ou se é algo mais grave. Enfim, é triste mas o Dakar é mesmo assim....".
A duas semanas de completar 50 anos, Carlos Sousa é dos pilotos mais experientes em prova, participando no Dakar desde 1996, com 11 classificações de top-10, a melhor das quais um quarto lugar em 2003. Nesta edição, começou em 18.º, no prólogo, a 21 segundos do mais rápido.
Na frente da corrida, nos automóveis, a Peugeot conseguiu a primeira dobradinha desta edição de 2016, através dos franceses Sebastien Loeb e Stephane Peterhansel, com 2.23 minutos de diferença entre ambos. Loeb, que se estreia no Dakar, lidera a prova.