Carlos Cortes eleito. "Quero ser um bastonário de união para os médicos"

Dos 61 mil médicos inscritos na Ordem dos Médicos apenas 19 312 votaram nesta segunda volta disputada entre os médicos Carlos Cortes e Rui Nunes. Carlos Cortes é o vencedor e deverá tomar posse no dia 14 de março. Carlos Cortes já reagiu à eleição e disse ao DN que irá ser "um bastonário de união para os médicos".
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Carlos Cortes, patologista do Hospital de Tomar, que integra o Centro Hospitalar Médio Tejo, e até agora presidente da Secção Regional do Centro foi hoje eleito, por voto eletrónico, novo bastonário dos médicos.

De acordo com os resultados provisórios, divulgados pela Ordem dos 61 mil inscritos na instituição votaram nesta segunda volta, disputada entre Carlos Cortes e Rui Nunes, professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto e ex-presidente da Entidade Reguladora da Saúde, votaram 19 312 profissionais.

Carlos Cortes recebeu 11 176 votos e Rui Nunes 6 867. O novo bastonário tem um prazo de 30 dias para tomar posse, embora esta deva acontecer no dia 14 março.

As eleições à Ordem dos Médicos ficam assim concluídas com o fim da segunda volta e com a eleição do bastonários, já que os anteriores órgãos foram todos eleitos a 19 de janeiro.

Aos 52 anos, Carlos Cortes assume o cargo ao qual se candidatou para "acrescentar outro contributo à Ordem: uma vontade de mudança. Gostaria aqui de incutir alguma modernização na Ordem dos Médicos, que terá impacto a nível interno e externo", afirmou ao DN, em setembro quando anunciou que iria avançar para esta corrida.

Carlos Cortes vai substituir assim Miguel Guimarães que cessa funções ao fim de dois mandatos e de seis anos à frente da Ordem.

Ao DN, e após os resultados, Carlos Cortes diz que vai ser "um bastonário de união dos médicos. Vou ser um bastonário de agregação. Vou querer juntar os médicos e os vencedores destas eleições, porque muitos outros órgãos sociais já foram eleitos na primeira volta, com todos aqueles que não cumpriram o seu objetivo de vencer, mas que participaram e se envolveram neste processo", sublinhando mesmo que esta será "a minha primeira tarefa", a qual considera absolutamente fundamental no momento que o país e o SNS estão a atravessar.

E faz uma promessa, "vou exigir ao ministro da Saúde que dê um contributo prioritário para que existam condições no serviço de saúde de forma a que os médios possam tratar adequadamente os seus doentes, para que eles próprios sejam dignificados como profissionais e o seu importante papel reconhecido no sistema de saúde". Carlos Cortes diz mesmo: "Vou ser incansável a defender estes valores".

O médico agora eleito, com mais de 50% dos votos, salienta ainda que quer ser "um bastonário de contributos". A Ordem tem uma responsabilidade muito grande do ponto de vista técnico, formativo e científico, e "quero ser um bastonário que vai apresentar propostas, quero que a Ordem seja um agente da Saúde para o país e que apresente soluções para desenvolver o sistema de Saúde em Portugal", argumentando que não deixará de cumprir esta missão ao mesmo tempo que será um agente de grande exigência na defesa dos doentes.

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