Carlos Coelho: responsáveis políticos devem explicar contradições sobre voos com prisioneiros

O eurodeputado Carlos Coelho, que presidiu à comissão do Parlamento Europeu sobre os voos da CIA, defendeu hoje que a assembleia deveria confrontar responsáveis políticos, incluindo portugueses, com contradições entre os seus depoimentos e informações que têm sido divulgadas pelo Wikileaks.
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Em declarações à Agência Lusa, em Bruxelas, Carlos Coelho ressalvou que "há países bem mais complicados que Portugal" relativamente ao seu envolvimento no transporte ilegal de suspeitos de terrorismo, mas apontou que, por exemplo, a informação agora divulgada de que terá havido pedidos formais dos Estados Unidos a Lisboa para a passagem de aviões pelo país, contradiz em absoluto "todas as garantias" dadas pelas autoridades portuguesas à assembleia de que tal não sucedera.

Lembrando que o relatório final da comissão temporária sobre a CIA, aprovado pelo Parlamento Europeu em Fevereiro de 2007, já previa o "seguimento", ou "follow up", político dos trabalhos e recomendações da comissão temporária, Carlos Coelho considera que, face às revelações que têm surgido a partir das fugas de informação confidencial, "é altura de usar essa competência" e "confrontar responsáveis políticos" com as contradições agora expostas.

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