Caravelas portuguesas avistadas na praia do Guincho

O maior número de avistamentos na costa continental pode estar associado às alterações climáticas
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Duas caravelas portuguesas foram avistadas na praia do Guincho - uma foi encontrada no areal na segunda-feira e a outra tinha sido vista a 11 de janeiro. A informação é avançada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que salienta que esta é uma das poucas ocorrências registadas para fevereiro na Península Ibérica e alerta para o risco do contacto com estes organismos.

As caravelas portuguesas (Physalia physalis) são frequentemente confundidas com medusas (ou alforrecas) devido ao seu aspeto gelatinoso, mas têm longos tentáculos que libertam um veneno forte, quando em contacto com outros organismos. As toxinas causam reações cutâneas e dor intensa, mesmo quando os organismos já se encontram mortos, pelo que o IPMA aconselha a manter a distância.

A distribuição das caravelas portuguesas é influenciada pela temperatura das águas dos oceanos e por fenómenos atmosféricos e oceânicos, especialmente pelo vento. Em Portugal ocorrem com mais frequência nos Açores e Madeira e é mais raro serem avistadas na costa continental, embora existam registos recentes. Segundo o IPMA, isto pode estar associado a processos de alterações climáticas, tais como o aumento da temperatura ou alterações dos padrões dos ventos.

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Em abril de 2013, por exemplo, a Marinha Portuguesa alertou os frequentadores das praias na costa sul do Algarve para evitarem o contacto com estes organismo, depois de várias terem sido arrastadas para a costa. No ano anterior, algumas praias da Costa tiveram bandeira vermelha para evitar o contacto dos banhistas com as caravelas portuguesas.

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O IPMA pede ainda a que todos os que avistem estes organismos nas praias para que tirem uma fotografia e enviem uma mensagem para plancton@ipma.pt, com a indicação do local onde estes foram avistados.

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