Candidatura de Centeno ao Eurogrupo prova sucesso da geringonça, diz PS
Ana Catarina Mendes disse este sábado que as "reais possibilidades" de Mário Centeno presidir ao Eurogrupo testemunham o sucesso da alternativa de governo liderada pelo PS em Portugal.
A secretária-geral adjunta do PS intervinha em Lisboa, no último dia do Conselho do Partido Socialista Europeu e à margem do qual estão reunidos o português António Costa e o líder dos trabalhistas ingleses, Jeremy Corbyn.
"O sucesso da nossa alternativa mede-se" pela aprovação de três orçamentos de Estado e pela "diminuição do desemprego e da pobreza", mas "também por termos conseguido explicar a nossa visão aos parceiros europeus, que eram hostis e desconfiados em relação ao nosso caminho", observou Ana Catarina Mendes.
"Foi isso que tornou possível o que muitos julgavam inimaginável, que um ministro das Finanças, português e socialista, de um governo baseado numa aliança de esquerda, tenha reais possibilidades de vir a ser o próximo presidente do Eurogrupo", sublinhou a dirigente do PS.
"Os apoios que Mário Centeno reúne [...] são a prova de que a Europa é mais forte quando aceita que há caminhos diferentes", prosseguiu Ana Catarina Mendes.
"Nós, portugueses, recusámos o maximalismo e a arrogância perante quem pensa diferente de nós, tanto quanto recusámos a submissão acrítica, as orientações que ameaçavam a nossa coesão porque todos somos necessários na construção dos nossos países e da Europa", frisou a secretária-geral adjunta socialista.
Vieira da Silva, intervindo no painel sobre o pilar social europeu, realçou a importância de as diferentes políticas comunitárias incluírem essa dimensão social nas suas prioridades, instrumentos e opções.
Afirmando que "não existe projeto europeu sem a liderança da família social-democrata", Vieira da Silva argumentou que, "sem resultados, o pilar europeu não será um instrumento" para o "virar de página" para alcançar os resultados pretendidos, sejam a melhoria do emprego e da proteção social ou alterar a perceção que os cidadãos têm da Europa.
"É na construção das perceções, na forma como nos relacionamos com o presente e futuro, que bloqueamos o avanço dos populismos e da extrema direita e colocamos a social-democracia como forma liderante do projeto europeu", destacou o ministro do Trabalho português.