Canadá responde a Trump e convida pessoas LGBT para o exército
Horas depois de Donald Trump ter anunciado no Twitter que não serão admitidas pessoas transgénero no exército norte-americano, as forças armadas do Canadá usaram o Twitter para fazer um convite a todos os cidadãos nacionais, independentemente da orientação sexual ou identidade de género".
"Damos as boas-vindas a canadianos de todas as orientações sexuais e identidades de género. Juntem-se a nós", dizia a publicação das forças canadianas.
A imagem mostrava a banda militar canadiana a tocar durante a celebração do dia do Orgulho LGBT, uma fotografia tirada a 3 de junho em Toronto, segundo o El Pais.
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"A diversidade é a nossa força", dizia uma das hashtags das forças armadas.
A decisão do governo norte-americano foi também comentada por chefes militares britânicos.
O contra-almirante da Marinha britânica Alex Burton escreveu no Twitter: "Como um campeão LGBT da Marinha Real Britânica e combatente senior estou muito feliz por não seguirmos este caminho".
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O vice-almirante da Marinha Real Britânica Jonathan Woodcock também usou as redes sociais para dizer o quão está "orgulhoso" das pessoas transgénero nas forças armadas. "Eles trazem diversidade à nossa Marinha Real e irei apoiar sempre o seu desejo de servirem o país", escreveu Woodcoc.
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À BBC, o ministério da defesa britânico disse que os tweets do presidente Trump eram "uma questão dos americanos" e que vão continuar "a dar as boas vindas a pessoas de diferentes contextos, incluindo pessoas transgénero".
O anúncio de Donald Trump de que as pessoas transgénero já não podem entrar no exército provocou fortes reações. Centenas de pessoas protestaram em cidades norte-americanas e algumas celebridades, como Caitlyn Jenner, manifestaram o seu descontentamento nas redes sociais.
"Há 15000 americanos transgénero patriotas no exército norte-americano a lutarem por todos nós. O que aconteceu à sua promessa de lutar por eles?", perguntou Caitlyn Jenner no Twitter.
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Jenner, que é transgénero, foi uma das mais notáveis apoiantes de Trump durante a campanha presidencial. Nessa altura, Donald Trump prometeu ser um aliado da comunidade LGBT.
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Não é a primeira vez que o Canadá responde a uma medida tomada pela administração de Trump. Quando Donald Trump apresentou o decreto presidencial que proibia a entrada de pessoas de sete países muçulmanos, no início do ano, o primeiro-ministro Justin Trudeau convidou os afetados pela medida para o Canadá.
"Para aqueles que fogem de perseguições, terrorismo e guerra, os canadianos vão receber-vos, independentemente da vossa fé. A diversidade é a nossa força #BemVindosaoCanadá", escreveu o primeiro-ministro canadiano no Twitter.
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