O ciclista português João Almeida (Deceuninck-QuickStep) é o novo líder da Volta a Itália, após a terceira etapa, que terminou no topo do Monte Etna e que foi ganha pelo equatoriano Johnatan Caicedo (Education First). "Estou superfeliz, sem palavras", disse no final aos jornalistas, acrescentando que ainda não conseguia acreditar..Almeida tem o mesmo tempo de Caicedo na geral, mas tem vantagem nos centésimos de segundo no contrarrelógio da primeira etapa. O espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren) é terceiro, a 37 segundos..Twittertwitter1313128256678363136.É o primeiro português em 31 anos a vestir a camisola rosa do Giro -- o único a ter conseguido esse feito foi Acácio da Silva em 1989. João Almeida, de 22 anos, consegue o feito na primeira vez que participa numa das grandes provas do ciclismo mundial..Twittertwitter1313131549483847683.O jovem das Caldas da Rainha conseguiu no Monte Etna subir ao topo da Volta a Itália em bicicleta, no mesmo local onde Acácio da Silva em 22 de maio de 1989 tinha vestido também a rosa. Fê-lo em duas ocasiões, após a vitória no Monte Etna na segunda volta (perdendo no dia seguinte no contrarrelógio por equipas) e depois da nona etapa (voltando a perdê-la um dia depois, desta vez apó o contrarrelógio individual). Nesse mesmo ano também liderou a Volta a França. .Emocionado, o jovem ciclista português explicou aos jornalistas que ainda não conseguia "acreditar" no que tinha acabado de fazer. "Estou superfeliz, sem palavras", atirou..Sabia que tinha sido "muito perto", que tinha cortado a meta "com pouco mais de um minuto" para o vencedor da tirada, o equatoriano Jonathan Caicedo (Education First), passando depois o tempo de espera até ver confirmada a 'maglia rosa' com "excitação"..Twittertwitter1313133816953831425.Olhando para a frente, João Almeida define uma prioridade imediata: "descansar bem". Depois, afirmou, é "dar o melhor nos próximos dias", a começar pela defesa da camisola rosa já na quarta etapa, na terça-feira, entre Catânia e Villafranco Tirrena, num traçado de 140 quilómetros, com apenas uma contagem de terceira categoria a meio da tirada..Após uma longa fuga, Caicedo cortou a meta, instalada no Monte Etna, 150 quilómetros depois da partida em Enna, em 4:02.33, menos 21 segundos do que o italiano Giovanni Visconti (Vini Zabú-KTM) e 30 do que o holandês Harm Vanhoucke (Lotto Soudal)..Mais tarde, na conferência de imprensa após a tirada, o ciclista português voltou a descrever o momento como "um sonho tornado realidade", após uma subida ao Etna que qualificou como "um teste ao sofrimento".."Rodava-se muito rápido desde o início [da subida], estava a tentar o meu melhor para controlar o meu esforço. Com o vento muito forte mais em cima, decidiram começar a fazer diferenças, e aguentei ao máximo até à meta", atirou..Em relação ao resto da prova, João Almeida deixou os objetivos: "Quero manter a camisola o máximo que possa, e claro que quero ganhar uma etapa, seria a cereja no topo do bolo."..Sem o belga Remco Evenepoel, que caiu na Volta à Lombardia, a Deceuninck-Quick Step perdeu "o único ciclista que daria 100% de garantias de lutar pela geral", atirou o ciclista luso, por isso a equipa chegou ao Giro "enquanto matilha", a alcunha utilizada, no inglês wolfpack, para denominar a formação, e "lutar por etapas"..(Atualizada às 17.10 com mais declarações de João Almeida)