Muito ocupada neste fim de temporada, entres provas e as actividades escolares, Camille Dias, 17 anos, disse à Lusa que "gostaria de aproximar-se dos 20 primeiros, melhorar a pontuação FIS [Federação Internacional de Esquia] e a performance física"."Sochi foi muito positivo, não podia esperar melhor a nível de experiência. Os resultados foram muitos positivos e espero obviamente melhorar daqui a quatro anos", disse à Lusa a portuguesa que terminou foi 40.ª classificada no slalom e 59.ª no slalom gigante, sendo o objetivo inicial chegar perto das 30 primeiras.Os próximos dois anos também serão particularmente intensos para a desportista. "Camille Dias segue uma formação profissional dividida entre horas de escola e horas de trabalho. Isso limita o tempo de treino, mas é necessário para o seu futuro depois do esqui", disse à Lusa o pai da atleta, Marco Dias.Para atingir a sua meta para os Jogos de 2018, Camille Dias poderá contar com o apoio da federação portuguesa, que vê nela um potencial enorme e uma grande margem de progressão, mas a esquiadora sabe que terá de treinar todos os dias, alternando escola, trabalho e competições."Primeiro, quero competir na Taça de Europa e quando tiver bons resultados, quero dedicar-me às provas de Taça do Mundo", explicou a esquiadora lusodescendente, nascida na Suíça, que prefere evoluir gradualmente.Mas "contar com um treinador privado é por enquanto impossível por falta de meios financeiros adequados", sublinhou.Por enquanto, a esquiadora recebeu duas ofertas de patrocínio desde dos Jogos de Sochi, mas nada de conclusivo. "Espero que os Jogos me ajudem a encontrar outros patrocinadores para poder preparar a próxima temporada nas melhores condições", declarou.Por outro lado, Camille Dias destaca a necessidade de preservar os seus joelhos, que já sofreram no ano passado, e que poderiam ser outro obstáculo na evolução da sua carreira profissional.De pai português e mãe suíça, Camille Dias decidiu competir com as cores de Portugal, um país onde "passou dias maravilhosos antes de Sochi" e onde gostava muito de voltar, até para ensinar aos mais novos a esquiar e promover o esqui alpino, disciplina rainha dos Jogos Olímpicos.