Câmara, luzes, ação e declínio. O filme de muitos desportistas

Fizeram história no desporto, conquistaram fãs, ganharam milhões e acabaram na ruína::Lomu, Tyson, Garrincha, Brehme, Best, Gascoigne, Marion Jones ou Borg
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Jonah Lomu morreu e o mundo comoveu-se. O gigante do râguebi partiu cedo (40 anos), imortalizado pelo recorde de 15 ensaios em mundiais que o tornaram uma lenda da modalidade. Ainda os adeptos recuperavam da perda e já o mundo voltava a abrir a boca de espanto quando Rob Nichol, da Associação de Jogadores de Râguebi da Nova Zelândia, revelou que Lomu "estava praticamente falido".

Como é possível? Esta é a pergunta que se repete a cada ídolo do desporto que acaba sem dinheiro depois de anos a ganhar milhões e a ser adorado por milhares de pessoas e à escala mundial. E são muitos os casos, como Mike Tyson, Mané Garrincha, Andreas Brehme, George Best, Paul Gascoigne, Allen Iverson, Scottie Pippen, Dannis Rodman, Marion Jones ou Bjorn Borg.

Mas será que os adeptos continuarão a admirá-los apesar de em muitos casos estarem arruinados? Jorge Silvério, especialista em psicologia do desporto, não tem dúvidas de que sim. "Pelo que fizeram enquanto atletas mantêm essa aura de ídolos. Muito dos feitos deles foram fantásticos e escreveram a historia das modalidades e do desporto", defendeu, explicando que "a imagem fica afetada porque os adeptos criam neles modelos de comportamento, e saber que eles não souberam administrar o dinheiro prejudica essa imagem positiva que criaram deles, sem os conhecer... só conhecem e admiram os feitos desportivos".

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