Câmara de Viseu continua a apostar na recuperação de fachadas

A Câmara de Viseu aprovou hoje a continuidade do programa de apoio à recuperação de fachadas de imóveis situados na Área de Reabilitação Urbana, ao qual são alocados 60 mil euros por ano.
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Segundo o presidente da Câmara, Almeida Henriques, este programa, "nos últimos cinco anos, permitiu recuperar 131 fachadas", num total de mais de 28 mil metros quadrados de área.

"Estes números relevam a dinâmica de requalificação do nosso centro histórico, que vive uma fase de grande regeneração, no sentido de o tornar cada vez mais atrativo", frisou.

O autarca social-democrata realçou também que, desde finais de 2013, houve mais de três centenas de imóveis transacionados no centro histórico.

"Foram 300 edifícios que mudaram de mãos e estão uns já reabilitados e outros em reabilitação", sublinhou Almeida Henriques.

No total, nos últimos cinco anos, o valor das transações foi superior a 27 milhões de euros.

"Atingimos em 2018 o melhor resultado de sempre em matéria de transações, o que também revela a confiança na política e na estratégia" seguida pelo executivo para o centro histórico, considerou.

O autarca lembrou que foram criadas "várias âncoras" no centro histórico, como a transferência da Escola Profissional Mariana Seixas para a rua Direita, a requalificação das ruas Soar de Cima, Cónego Martins, Almeida Moreira e João Mendes, a instalação da Unidade de Saúde Familiar na Casa das Bocas (obra já adjudicada), a requalificação do Orfeão de Viseu, a instalação da futura sede da Águas de Viseu na rua do Comércio e a criação de residências para estudantes.

A oposição socialista tem uma visão diferente sobre a situação do centro histórico, exemplificando com o facto de a Rua Direita ter "37 lojas devolutas, sem uso".

"Hoje trouxemos mais preocupações infraestruturais que angustiam muito os comerciantes. Por exemplo, não se compreende, quando chove, que o troço final da Rua Direita fique completamente alagado", disse o socialista Pedro Baila Antunes.

As "muitas casas devolutas que se prestam a todo o tipo de degradação, até social, e a insegurança que criam", são problemas que a Câmara de Viseu não consegue resolver, lamentou.

A falta da videovigilância na Rua Direita, que é "um fator fundamental para a segurança e para a atratividade da rua", e "várias luzes fundidas na Rua Direita", foram outros problemas apontados pelos socialistas.

Na reunião de câmara de hoje foi ainda aprovada a transmissão da participação social que o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) tem, em nome do Estado central, na Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Viseu Novo.

Ou seja, o município assumirá, na totalidade, a participação social na SRU, uma decisão que necessita ainda de aprovação em sessão de Assembleia Municipal.

Na reunião de hoje, os socialistas pediram ainda esclarecimentos sobre a utilização de uma viatura da Litocar pelo vereador Jorge Sobrado, que é também administrador da Viseu Marca.

"No âmbito de um contrato de patrocínios com a Litocar, a Viseu Marca tem um conjunto de serviços gratuitos. Essa viatura não custa nem um cêntimo ao município, nem à Viseu Marca", justificou Jorge Sobrado, apelidando a atitude dos vereadores socialistas de "micropolítica rasteira" e não excluindo a possibilidade de avançar com um processo em tribunal por tentativa de difamação.

Hoje de manhã, foi inaugurada a nova sala de leitura e estudo da Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva, que representou um investimento de 300 mil euros.

Construída em toda a extensão do terraço da biblioteca, a nova sala de leitura tem cerca de 240 metros quadrados de área útil e disponibiliza cerca de 80 lugares sentados.

Almeida Henriques realçou que o facto de ter uma entrada autónoma permitirá que a sala funcione fora dos horários habituais da biblioteca.

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