Câmara de Lisboa destaca "determinação" para que incêndio do Chiado não se repita

O presidente da Câmara de Lisboa afirmou hoje que a melhor forma de assinalar os 30 anos do incêndio do Chiado é mostrar que se aprenderam as "lições daquela tragédia" e fazer tudo para que não se repita.
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"Tenho plena consciência que temos feito esse trabalho, todos os dias, com determinação e com consistência", declarou Fernando Medina, considerando que, "hoje, o sistema de proteção civil da cidade está mais forte do que nunca".

O autarca de Lisboa falava na cerimónia evocativa do 30.º aniversário do incêndio do Chiado e na comemoração do Dia Municipal do Bombeiro, iniciativas que decorreram na Rua do Carmo, junto ao local onde está colocada a placa que homenageia os bombeiros que participaram no combate ao fogo de 1988.

Neste âmbito, Fernando Medina aplaudiu e agradeceu aos bombeiros que combateram o incêndio do Chiado há 30 anos, dos quais alguns marcaram presença na cerimónia, por terem evitado "uma tragédia de muito maiores dimensões".

Além dos bombeiros, o autarca agradeceu o "papel relevantíssimo" de todos os que contribuíram para a reconstrução do Chiado, nomeadamente os comerciantes e os seus antecessores na autarquia, "um trabalho difícil, controverso, que motivou e mobilizou milhares de pessoas e que, verdadeiramente, só se concluiu há muitos poucos anos com a conclusão das obras nos Terraços do Carmo (2015)".

Aproveitando a cerimónia, o presidente da Câmara de Lisboa fez um ponto de situação sobre o sistema de proteção civil na capital, indicando que houve um reforço dos operacionais e um investimento na construção de novos quartéis.

"Estamos, neste momento, em processo de entrada de 130 novos bombeiros no Regimento de Sapadores de Bombeiros (RSB) e temos novos quartéis", um na avenida Almirante Reis e outro na Alta de Lisboa, avançou Fernando Medina, adiantando que estão previstos novos investimentos, nomeadamente a construção de um quartel na Boavista, um quartel na avenida dos Defensores de Chaves e um quartel central em Chelas.

A par do investimento nas infraestruturas do RSB, a autarquia pretende prosseguir no esforço de investimento nos meios pessoais de proteção dos bombeiros e nas viaturas de combate, em que entraram em funções novas 15 viaturas e uma viatura de apoio às operações de mergulho.

Um dos últimos investimentos da autarquia para o RSB foi a aquisição de um veículo de plataforma, que foi apresentado e testado por Fernando Medina na cerimónia dos 30 anos do incêndio do Chiado, "um equipamento essencial para o combate a incêndios em zona urbana e um equipamento único em todo o país", que custou cerca de 700 mil euros.

Na perspetiva do presidente da Câmara de Lisboa, o RSB dispõe, atualmente, de "um dispositivo capaz de chegar rapidamente às ocorrências" e de "bombeiros mais preparados a lidar com as diversas circunstâncias".

Fernando Medina demonstrou, ainda, o "enorme apreço" que tem por "poder liderar uma autarquia que tem um Regimento que está presente e que dá uma reposta ao país em todos os grandes eventos de emergência para os quais é solicitado, o último dos quais o incêndio de Monchique".

Para o comandante do RSB de Lisboa, Pedro Patrício, "o incêndio do Chiado foi, sem dúvida, um marco determinante para a evolução de todo o sistema de segurança contra incêndios em edifícios".

"A organização dos meios no teatro de operações, as técnicas de combate, a formação e as condições de segurança destes operacionais no teatro de operações, a legislação de segurança em matéria de incêndios em edifícios, a consciência coletiva das medidas de autoproteção são alguns dos exemplos que marcam a viragem do século em matéria de evolução do serviço de socorro na cidade de Lisboa e no país", apontou Pedro Patrício.

Para o comandante, "hoje, mais do que nunca, os bombeiros estão mais preparados", quer em conhecimento técnico, quer no respetivo manuseamento do equipamento.

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