Cadilhe associa nacionalização a travão nas denúncias

Antigo presidente do BPN afirmou que, em 2008, "muitas pessoas" lhe disseram que a decisão de nacionalizar o BPN tinha a ver com as denúncias feitas pela sua administração ao Ministério Público sobre os atos de gestão de Oliveira e Costa.
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Miguel Cadilhe, antigo presidente do BPN até à nacionalização, declarou hoje no Parlamento que, em 2008, "muitas pessoas" lhe referiram existir uma "relação causa-efeito" entre a nacionalização do banco e um processo em curso de denúncia ao Ministério Público de vários atos suspeitos da gestão de Oliveira e Costa. "Mas não foi possível colocar uma pedra, ou calhau, no assunto, porque os processos eram imparáveis", declarou Cadilhe.

O antigo presidente do BPN recordou que, dias antes da nacionalização, uma equipa de inspectores tributáruis liderados pelo juiz Carlos Alexandre e pelo procurador Rosário Teixeira fez uma busca às instalações do banco. "Eu e a minha equipa ficamos com a percepção, sem confirmação, de que a investigação já sabia que a nacionalização iria acontecer e que, antes que acontecesse, queria recolher informação no banco", declarou Cadilhe, após ter sido questionado pelo deputado João Almeida do CDS/PP

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