O antigo cacilheiro da Transtejo estava desativado desde 2011, mas após um convite para "levar" Portugal até Veneza, Joana Vasconcelos deu-lhe um "novo rosto" recorrendo a ajuda do financiamento privado. ."Fui convidada pelo anterior secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas. Mas não havia dinheiro nem pavilhão", explicou ao DN e a bordo do cacilheiro a artista plástica, orgulhosa de, com financiamento privado, ter conseguido levar à Bienal um trabalho pioneiro, já que é "o primeiro projeto flutuante que se move. Algo que nunca aconteceu na Bienal de Veneza", explica Joana Vasconcelos..Pioneira ou revolucionária (daí também a sua apresentação à imprensa no 25 de Abril) continua ser a nova missão do 'Trafaria Praia', agora em Portugal. "A partir de agora, o cacilheiro vai fazer cruzeiros no Tejo, entre o Terreiro do Paço e a Torre de Belém, mas poderá vir a navegar nas águas de outros rios portugueses, ou ser reservados para festas e eventos", explicou ao DN Mário Ferreira, presidente da DouroAzul, atual proprietária do 'Trafaria Praia', e um dos mecenas do projeto concebido por Joana Vasconcelos..Foram muitos os que fizeram questão de participar na viagem inaugural desta obra de arte que, segundo a vereadora da Cultura da Câmara de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, é "um três em um". E explica: "É uma forma de desfrutar o Tejo, a cidade e a obra da Joana.".O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, vai mais longe: "Esta é uma oportunidade única de viajar dentro de uma obra de arte". Obra essa que, recorda, foi um sucesso em Veneza, onde em seis meses foi visitada por 100 mil pessoas.