Caças mais caros da história em terra há uma semana

A frota norte-americana de caças F-35, projeto orçado em 400 mil milhões de dólares, não levanta voo desde que as autoridades decidiram inspecionar todos os aparelhos na sequência de um incêndio num deles.
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Os técnicos ainda não conseguiram determinar as causas do incêndio que, a 23 de junho, deflagrou num dos F-35 no momento da descolagem. No entanto, tudo leva a crer que o incidente terá sido um caso isolado e não problema maior que afete todo o programa, cujo desenvolvimento teve um orçamento que disparou para os 400 mil milhões de dólares.

"Há um conjunto de indícios que sugerem cada vez tratar-se de um problema isolado e não geral. Mas, de momento, ainda não temos a certeza", afirmou hoje o secretário adjunto da Defesa dos Estados Unidos, Frank Kendall, perante a Comissão das Forças Armadas.

A verificação de toda a frota levou a que todos os aparelhos estejam em terra há uma semana, inviabilizando a primeira aparição internacional de um deles, prevista para este fim de semana num festival aéreo, em Fairford, Inglaterra.

O secretário de Estado da Defesa, Chuck Hagel, que apoiou o programa dos F-35, esteve ontem na Florida, da base de Eglin, onde se deu o incêndio, onde conversou com os pilotos.

"Disseram-me que era a melhor aeronave em que já voaram e alguns disseram-me que o aparelho mais fácil e mais simples para voar", disse, realçando que continua a acreditar que "este dispositivo é o futuro" para a aviação de combate das Forças armadas norte-americanas.

Chuck Hagel reconheceu problemas com este caça, mas salientou que qualquer novo programa enfrenta obstáculos técnicos.

Segundo o fabricante, Lockheed Martin, o F-35 escapa aos radares e voa a uma velocidade supersónica.

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