Caça ao homem no Brasil: 200 agentes atrás de "psicopata imprevisível"
O suposto autor de uma chacina em Ceilândia, nos arredores de Brasília, capital federal do Brasil, está fugido da polícia, que destacou 200 agentes para uma caça ao homem pelo estado de Goiás, há nove dias.
Lázaro Barbosa, 32 anos, é acusado só nas últimas semanas de matar à facada uma família - pai, mãe e dois filhos - no dia 9, de de ter morto o caseiro de uma propriedade rural quatro dias antes, de violação de uma mulher, de sequestros, de invasão de propriedades, de ter disparado contra três pessoas e de ter furtado um automóvel.
Com extenso cadastro criminal em três estados brasileiros e três fugas da prisão no currículo, o criminoso é tratado pelas autoridades como "um psicopata imprevisível" que faz uso de rituais satãnicos.
A polícia vai divulgando imagens de Barbosa, assim como de possíveis disfarces, ao mesmo tempo em que faz uso de drones, helicópteros e cães e ocupa 34 propriedades rurais na região de Cocalzinho do Goiás, onde o criminoso foi visto pela última vez - e cuja população está em desespero.
Na terça-feira, dia 15, ele havia feito um casal e uma filha adolescente de reféns e já os havia coberto de folhas para os matar em seguida. Uma mensagem de telemóvel da adolescente, entretanto, alertou a polícia que evitou as mortes. Houve inclusivamente confronto entre as autoridades e Barbosa, que conseguiu escapar e ainda alvejou dois agentes de raspão.
"Houve um confronto e ele teve a oportunidade de ver os polícias chegando. Quando chegaram muito perto, ele atirou. Atingiu um policial no rosto e fugiu pulando um barranco. Os polícias salvaram a vida dessa família, se eles não tivessem chegado poderia ter acontecido o pior", informou Rodney Miranda, secretário de segurança pública de Goiás.
"Ele tem facilidade em escapar por estar habituado a viver no mato e ser caçador", disse o secretário, que contou ainda detalhes dos seus métodos. "Ele leva as vítimas para a beira do rio, manda-as tirar as roupas e acaba matando". Os agentes fazem, por isso, buscas pelas matas e pelos rios da região à procura do foragido e de eventuais novas vítimas.