Cabul. O som das armas rendeu-se ao críquete

Por momentos, o Afeganistão esqueceu as bombas e os talibãs: a seleção de críquete conseguiu o primeiro triunfo num Mundial
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Esta história começou num campo de refugiados junto a Peshawar, no Paquistão, na longínqua década de 1970, e conheceu ontem o seu ponto mais alto (até agora) na pacata cidade de Dunedin, na Nova Zelândia. É uma história que mistura guerras e mortes com sobrevivência e superação. E traz raros momentos de felicidade a um povo habituado a um quotidiano de tragédias. É a história do críquete do Afeganistão, cuja seleção conseguiu ontem a primeira vitória num campeonato do mundo ao qual chegou também pela primeira vez.

Como o destino impunha, foi uma vitória desenhada com contornos épicos, da qual emergiu como herói Samiullah Shenwari. Com a equipa do Afeganistão a marcar apenas 97 runs após sete de dez batedores, e a precisar de chegar às 211, Shenwari conseguiu 96 runs à sua conta, cruciais para a reviravolta que os colegas Dawlat Zadran and Hamid Hassan concretizaram nas jogadas finais, frente à Escócia.

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