Bryan Adams no Meo Arena com os êxitos de sempre. Ainda bem
Eram 21.18, as luzes apagaram-se e o bruá da audiência anunciou a chegada do músico e da sua guitarra. Apropriadamente, you do what you got to do" e, depois,"Can't Stop this Thing We Started" -- uma multidão levantou-se para uma viagem no tempo até ao início da década de 90.
A sala, a mesma onde esteve em 2011, estava cheia. E à quarta canção, a máquina do tempo parou em 1984 com "Run to You", o primeiro single do disco Reckless.
"My name is Bryan", anunciou. "Em português, o Bryan". "O Bryan, como estás?". Era o prenúncio de um tema menos aplaudido, "Go Down Rockin", uma raridade num lote de músicos que o público conhecia bem.
Acabou e, sem respirar, veio "Heaven". Está escrito algures: quando Bryan Adams a canta, é obrigatório os casais abraçarem-se. E cantar metade da letra. "Summer of 69" foi outro dos temas que fez o público sair do lugar. Desta vez, ao contrário do que aconteceu na anterior digressão, não chamou uma jovem do público para cantar com Baby when you're Gone, fazendo de Mel C. Mas escolhe uma rapariga do público, Joana, para dançar.
No encore, seis músicas com menos guitarra elétrica, Bryan Adams lembrou os anos em que viveu em Portugal, ou melhor, "em Birre, entre Cascais e Sintra". Contou como o pai o ensinou que existia o fado, a primeira vez que se emocionou com música e, ainda por cá, conheceu os Beatles. Notou as diferenças ("já não é preciso usar a Marginal, há autoestrada") mas "as pessoas são as mesmas". E, garantiu, está grato a Portugal.
Em Lisboa, Bryan Adams repetiu um alinhamento de êxitos que tem levado mundo fora nesta Get Up Tour. São os êxitos de sempre. E ainda bem, diz a reação do público.
Esta terça-feira, dia 27, o músico canadiano atua no Pavilhão Multiusos de Gondomar.