A introdução do imposto em Portugal, na Alemanha, em França, na Áustria, na Bélgica, na Eslovénia, na Estónia, na Grécia, na Itália, em Espanha e na Eslováquia foi aprovada pelos ministros das Finanças da União Europeia (UE) a 22 de janeiro, depois de ter obtido "luz verde" por parte do Parlamento Europeu..Em junho de 2012, a proposta da Comissão Europeia de um imposto sobre as transações financeiras ao nível da UE não reuniu o consenso entre todos os Estados-membros, tendo na ocasião alguns países decidido avançar então no figurino de "cooperação reforçada"..A "cooperação reforçada" é um mecanismo através do qual, face à impossibilidade de um acordo a 27, um grupo de pelo menos nove Estados-membros (mais de um terço) pode aplicar uma regra entre si em determinada matéria, podendo outros países juntar-se posteriormente..Os 11 países que decidiram avançar com a taxa constituem dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) da UE e 90% da zona euro, de acordo com os dados da Comissão Europeia..Em Portugal, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira, afirmou recentemente que o imposto sobre transações financeiras, conhecido como 'taxa Tobin', pode diminuir a liquidez nos mercados e fomentar o risco de fuga de capitais para outros Estados-membros fiscalmente mais atrativos..Também o presidente da Bolsa portuguesa, Luís Laginha de Sousa, disse que o imposto tem tudo "para correr mal", alertando para a possível fuga de investidores para outros mercados.."Este é um tema que tem todos os ingredientes para que possa correr mal. Caso avance, no final, serão beneficiados os que se queriam penalizar devido à ida das transações para outros mercados e plataformas, conjugado com a relocalização para outras geografias dos valores mobiliários que estão em Portugal", afirmou Luís Laginha de Sousa, no final de janeiro.