Bruno Lage : "Não é meter onze a correr e a pensar ao mesmo tempo"

Treinador do Benfica explicou como vê a tarefa de treinador e destacou a "dedicação enorme" dos jogadores. Sobre o adversário Dínamo Zagreb, afirmou ser uma equipa que "quer jogar"
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O Benfica joga na próxima quinta-feira no campo do Dínamo Zagreb, em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa, e Bruno Lage, em antevisão à partida, disse esperar um adversário "que quer jogar". O técnico encarnado explicou ainda como vê a sua tarefa, que é "criar relações" e "perceber dinâmicas".

"A maior preocupação do Dínamo Zagreb é jogar bem, o que tem a ver com a campanha nas provas nacionais, mas também na Europa. Fez uma fase de grupos exemplar e teve uma eliminatória muito bem jogada. É uma equipa que quer jogar e é boa quer em transições, quer na organização ofensiva", afirmou Bruno Lage na conferência de imprensa de antevisão.

Antes, numa curta declaração à Sport TV, o treinador encarnado que já viu a equipa de Zagreb "com um médio centro e dois médios interiores" ou "com dois médios e um médio ofensivo", acrescentando que já viu o adversário "com bola e na expectativa".

Bruno Lage, que fala "não em gestão de esforço, mas em gestão de plantel", foi ainda questionado se era de esperar um Benfica com várias alterações, como na deslocação ao campo do Galatasaray. "O mais importante é o que vamos fazer, eu como treinador e eles como jogadores. As ligações humanas que se criam, para além do que se vê no jogo, e a dinâmica, são ao fim ao cabo o maior importante. As pessoas sentirem que é um grupo forte e, quando é forte, tudo acontece e os resultados ficam mais perto", respondeu.

"No jogo, temos de fazer o que temos vindo a fazer. Tentar preparar a melhor estratégia e, em função do que é jogador de três em três dias, escolher o melhor onze. Vai ser um jogo diferente do da Turquia, da receção ao Galatasaray e do último jogo com o FC Porto", acrescentou.

Destacando os "dois meses de trabalho" com a equipa, Bruno Lage destacou o empenho dos jogadores. "Em função do nosso trabalho temos sentido uma dedicação enorme. Todos têm tido oportunidade, uns mais que outros. As oportunidades ainda não chegaram a todos, como merecem, mas vão chegar e têm de justificar que merecem", explicou.

Sobre uma mudança de chip das provas domésticas para as competições europeias, o treinador do Benfica reafirmou que né necessária concentração no trabalho. "O chip não se muda porque não muda a nossa forma de olhar para o trabalho, que é estarmos focados no que temo de fazer, em treino e em jogo. Em termos de competição também não muda, É mais um jogo, a exigência é jogarmos bem. Sabemos que estamos em três competições e isso é o mais importante. Treinar bem, jogar melhor, e se fizermos isso estamos mais confiantes e dá-nos mais oportunidades para jogar melhor", disse o técnico.

Depois da vitória no Estádio do Dragão, Bruno Lage ter afirmado que os jogadores estavam a fazer dele treinador, foi-lhe devolvida a questão de outra forma: como estava o treinador a fazer para os seus atletas serem melhores jogadores? "O objetivo é uma melhor equipa, esse é que é o caminho. Não é a evolução deles, porque se jogam a este nível no Benfica são jogadores de enorme qualidade. A este nível o treinador coloca a equipa a jogar, para saberem todos o que têm de fazer. Não é meter onze a correr ao mesmo tempo e a pensar tudo ao mesmo tempo. É criar as relações, humanas e desportivas, e perceber as dinâmicas, dentro e fora de campo, para funcionarem como uma unidade. É o grande objetivo e é como vejo a tarefa de treinador", finalizou.

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