Bruno Lage: "Há 4/5 meses não imaginava festejar o aniversário com esta família"
Bruno Lage, treinador do Benfica que este domingo completou 43 anos, considerou que o jogo com o Rio Ave foi "de doidos" e apontou já baterias à partida com o Santa Clara, onde um empate basta para as águias festejarem o título de campeão.
"Ganhámos frente a uma grande equipa, recheada de grandes valores e com um excelente treinador. Foi um jogo de doidos, com muitos golos, e muito difícil. Tínhamos de ser muito competentes, tivemos os nossos momentos, o Rio Ave também os teve. Mas pela forma como nos entregámos ao jogo, julgo que nos fica bem chegar à última jornada e ter mais uma final para disputar", começou por referir.
O treinador, tal como já havia dito antes, rejeita festejos antecipados. "Nada disso. Acabei de falar disso mesmo com os jogadores. Há quatro/cinco meses atrás não conseguia imaginar estar a festejar o meu aniversário com esta família. Vamos ter um dia de folga e voltar focados para vencer a última final contra o Santa Clara", resumiu.
"Os jogadores têm uma vida fantástica, são saudáveis e fazem aquilo de que gostam, por isso não devem sentir ansiedade ou pressão. É mais uma oportunidade de fazer coisas bonitas por este clube e por estes sócios, que nos têm apoiado sempre desde o primeiro ao último minuto, assim como fora do estádio", acrescentou Bruno Lage.
No final do jogo, ficou uma imagem do médio benfiquista Samaris ajoelhado no relvado. No final do jogo o grego deu a explicação para o gesto. "Foi uma mistura de emoções, um desabafo. Ajoelhei-me porque depois do apito final passaram muitas coisas na minha cabeça, da época toda. Foi uma forma de agradecer a minha vida, todos os que me ajudaram. Fico muito feliz pela equipa ter ganho e por ter ajudado Benfica a atingir o objetivo", justificou.
Fábio Coentrão, jogador do Rio Ave que já passou pelo Benfica mas que recentemente admitiu que torce pelo Sporting, deixou críticas à arbitragem de Hugo Miguel. "Vocês viram. Voltámos a fazer um grande jogo frente a uma boa equipa. Agora que estamos no fim do campeonato olho para trás e digo que é muito complicado jogar num clube como este. Com muito orgulho, mas torna-se mais complicado ganhar jogos. Viu-se no lance do 2-0, antes há uma falta, seja penálti ou não, e não sei porque é que os árbitros não têm coragem de fazer às equipas pequenas o mesmo que fazem às grandes. É falta, tem de marcar. O nosso futebol está assim e tem de levar uma grande reflexão", referiu o defesa do final do jogo.