De acordo com o periódico, citado pela agência espanhola EFE, o organismo UK Investimentos Financeiros, tutelado pelo Executivo para gerir as suas participações em bancos, depois dos resgates de 2008, comunicou a sua posição ao conselho de administração do banco, parcialmente nacionalizado. Esta semana, constou-se que Horta-Osório, ex-diretor-executivo da filial britânica do banco Santander, quereria voltar ao trabalho, mas tinha de receber primeiro a aprovação da administração, que quereria garantias de que o executivo não voltaria a ausentar-se..O jornal "The Sunday Telegraph" salienta que o apoio do organismo estatal é a chave em vésperas de uma reunião na próxima quarta-feira, onde os onze membros do conselho de administração deverão decidir se apoiam o regresso ao trabalho do banqueiro português, a quem pediram um exame médico independente. Tanto os representantes do Governo, como a restante administração consideram, não obstante, que se Horta-Osório regressar, será necessário introduzir mudanças substanciais no banco de maneira a alterar a maneira como trabalham o banqueiro e respetiva equipa, sublinha o periódico. Segundo o jornal, de acordo com os seus colaboradores, o financeiro de 47 anos é um profissional muito meticuloso e obsessivo com o seu trabalho, o que, dadas as condições desfavoráveis das instituições financeiras, pode explicar os seus problemas de saúde..Horta-Osório, que aufere um salário anual de cerca de oito milhões de libras (perto de 9,4 milhões de euros), tinha começado a pôr em marcha um plano estratégico para a Lloyds consolidar as suas finanças, que incluía a venda de 632 sucursais e o despedimento de pelo menos 15 mil pessoas. A 02 de novembro, o banco, propriedade do Estado britânico em 41 por cento, anunciou que o banqueiro português se ausentava temporariamente de funções por indicação médica e seria substituído de forma provisória pelo diretor financeiro, Tim Tookey.