"O governo vai cumprir a lei e com os compromissos dados ao tribunal em relação à lei", afirmou esta quarta-feira Steve Barclay perante a comissão parlamentar sobre a saída da UE..Oficialmente designada por Lei de Saída da UE (n.° 2), mas batizada com o nome do deputado trabalhista e primeiro signatário do texto, Hilary Benn, a legislação obriga Boris Johnson a pedir um adiamento por mais três meses, até 31 de janeiro, se não for alcançado um acordo nem autorizada uma saída sem acordo até 19 de outubro..O governo já tinha confirmado ao tribunal escocês Court of Session na semana passada que pretendia "enviar uma carta na forma estabelecida o mais tardar 19 de outubro", tal como está previsto na legislação..Barclay não confirmou se vai realizar-se uma sessão parlamentar extraordinária no sábado para discutir os resultados do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, alegando que a decisão só será confirmada após a conclusão das negociações..Um conselho de ministros que estava previsto realizar-se na terça-feira, mas foi adiado para esta quarta, está previsto para as 14:30 (mesma hora em Lisboa), tendo sido noticiada pela comunicação social britânica a realização de consultas entre o primeiro-ministro, Boris Johnson, e deputados eurocéticos do partido Conservador e dirigentes do Partido Democrata Unionista (DUP) da Irlanda do Norte..É nestes dois grupos que poderá estar a chave de uma aprovação do texto no parlamento, necessária para uma ratificação, depois de o Acordo negociado port Theresa May com Bruxelas ter sido chumbado três vezes..As negociações com a UE foram retomadas esta manhã na tentativa de se alcançar um acordo com o Reino Unido sobre o 'Brexit' antes do Conselho Europeu, depois de terem sido suspensas durante a madrugada.