ONU pede moderação e condenação da violência na campanha eleitoral

Em causa "o discurso violento e inflamado particularmente contra as pessoas LGTB, mulheres e afrodescendentes e contra aqueles com diferentes visões políticas"
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O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos solicitou hoje aos atores políticos do Brasil que evitem usar discursos inflamados na campanha eleitoral e pedindo mesmo que condenem qualquer tipo de violência.

"Apelamos aos líderes políticos e a todos aqueles que têm influência para condenar publicamente qualquer tipo de violência durante este delicado período eleitoral", afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz do gabinete, em conferência de imprensa.

"Pedimos a todas as partes que se expressem pacificamente, com respeito aos direitos dos outros", acrescentou.

Shamdasani respondeu a uma pergunta sobre as opiniões expressas pelo candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas na segunda volta das eleições presidenciais do Brasil.

A porta-voz ressaltou que o Escritório "condena qualquer ato de violência" e solicitou que aqueles que registassem este tipo de comportamento fossem investigados.

"Pedimos uma investigação rápida e eficaz de qualquer ato violento", afirmou.

"O discurso violento e inflamado durante estas eleições e particularmente contra as pessoas LGTB [sigla usada para definir lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgéneros], mulheres e afrodescendentes e contra aqueles com diferentes visões políticas são muito preocupantes", concluiu a porta-voz.

A segunda volta das presidenciais brasileiras acontecem no domingo, 28 de outubro.

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