Brasil diz adeus à Playboy, Men's Health e Women's Health
Após a Playboy americana ter anunciado no mês passado o fim das publicações de fotografias de mulheres nuas nas suas páginas, a editora Abril anunciou esta quinta-feira (19 de novembro) que a partir de 2016 as versões brasileiras das revistas Playboy, Men's Health e Women's Health chegam ao fim.
Sérgio Xavier, diretor de redação da publicação brasileira, afirma que "a Playboy é mais do que uma revista de nu", acrescentando ainda que a decisão faz parte da "profunda e arrojada mudança da empresa", com o objetivo de se reposicionar no mercado consoante as necessidades dos leitores, processo que foi iniciado há cerca de um ano com a revisão do portfólio de produtos.
Numa batalha constante com os produtos disponibilizados de forma gratuita na Internet, o mercado está a mudar e as revistas masculinas tentam adaptar-se à mudança. Hugh Hefner, fundador da revista e editor-chefe da Playboy nos EUA, constatou que "estamos gradualmente a perder com o nu", e que é preciso pensar na melhor forma de ultrapassar esta transição.
Scott Flanders, presidente executivo do título norte-americano, justificou ao New York Times que, apesar da decisão tomada em relação às fotografias em nu, a Playboy americana continuará a publicar fotografias de mulheres em poses provocantes, "simplesmente, elas não vão estar nuas", explicou ao jornal.
Ainda esta semana a Bauer Media anunciou que, até ao final de 2015, as revistas FHM e Zoo, também direcionadas ao público masculino, vão deixar de ser editadas. Bauer, o presidente da publicação, justificou que os hábitos dos leitores estão a mudar.
Em circulação há 40 anos, as últimas edições brasileiras da Playboy,Men's Health e Women's Health vão para as bancas em dezembro.