Brasil admite dar asilo a médicos cubanos contratados

O ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, admitiu na quarta-feira que os médicos cubanos e de outras nacionalidades contratados ao abrigo do programa "Mais Médicos" podem pedir asilo político no país e negou qualquer retenção de passaportes.
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"Se um médico cubano ou argentino - pois temos médicos de mais de 60 países - pedir asilo político, vamos analisar o caso quando houver um motivo", declarou Padilha perante a Comissão Geral da Câmara de Deputados, à qual foi chamado para dar mais detalhes sobre o programa que gerou o descontentamento de profissionais brasileiros.

Padilha negou qualquer retenção de passaportes aos médicos cubanos pelas autoridades brasileiras a pedido do Governo de Havana.

"Revistem os próprios médicos e vejam se eles têm ou não os seus passaportes, pois é o documento que têm", salientou.

O acordo do Governo brasileiro com a Organização Pan-americana da Saúde visa a contratação, até ao final do ano, de 4.000 médicos cubanos, dos quais 10 % já se encontram no Brasil.

Os médicos contratados na primeira fase do programa começam a trabalhar no Brasil no dia 16.

A contratação de médicos estrangeiros para os lugares inicialmente rejeitados pelos próprios brasileiros gerou o descontentamento de grande parte dos profissionais locais, que motivou protestos nas ruas e comportamentos hostis em relação aos seus colegas estrangeiros, segundo a agência Efe.

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