Boris Johnson declara guerra aos movimentos anti-vacinação
"Podemos e devemos fazer mais para travar surtos de doenças infeciosas e tratáveis na Grã-Bretanha moderna", disse Boris Johnson, citado pela BBC, ao anunciar as ações urgentes que pretende pôr em prática para reverter o número crescente de casos de sarampo e a taxa decrescente de imunização. "É preciso informar e sossegar os pais relativamente à segurança das vacinas e, por outro lado, garantir que estes levam os filhos às consultas de follow up", explicou.
As medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Boris Johnson passam por campanhas de informação e esclarecimento da população sobre a vacinação, em diversas plataformas, incluindo as redes sociais, e também no acompanhamento por parte dos serviços de saúde competentes, chamados a "controlar" mais de perto as crianças que (não) são vacinadas.
De acordo com a BBC, a imunização está a cair no país, com muitos pais a não darem a segunda dose da vacina, que é tomada no primeiro ano de vida e antes da entrada no ensino básico: só 87 por cento das crianças inglesas tomam a segunda dose, o que está abaixo dos 95 por cento necessários para a eliminação da doença.
"Há diversas razões por que as pessoas não dão às suas crianças as vacinas de que precisam", disse Boris Johnson, "mas temos que tomar medidas decisivas e urgentes ao nível dos serviços de saúde e da sociedade para garantir que a comunidade esteja corretamente imunizada", disse para justificar a campanha que lançou pela vacinação.
Desde o início do ano, surgiram no Reino Unido 231 casos de sarampo confirmados, a maioria importados, mas alguns nativos, em comunidades em que a taxa de vacinação é menor. Números alarmantes sobretudo tendo em consideração que a doença foi dada como erradicada no país durante três anos.