Borboleta-monarca migratória entra na "Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas"
A borboleta-monarca migratória entrou esta quinta-feira para a "Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas" da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), em consequência das alterações climáticas e da destruição de habitats.
A população desta borboleta na América do Norte diminuiu entre 22% e 72% na última década. A população ocidental diminuiu cerca de 99,9% desde a década de 1980, enquanto a população oriental, a maior, diminuiu 84% entre 1996 e 2014.
Todos os outonos, a borboleta-monarca voa milhares de quilómetros de locais de reprodução no leste dos Estados Unidos e Canadá para passar o inverno no México e na Califórnia.
A exploração madeireira tem destruído muito do habitat onde esta borboleta está no inverno, os pesticidas da agricultura têm dizimado as plantas de que se alimentam as larvas, e as temperaturas extremas devido às alterações climáticas estão a fazer com que a borboleta migre demasiado cedo.
Juntando-se à borboleta-monarca migratória na lista estavam todas as espécies restantes de esturjão - grandes peixes pré-históricos encontrados na Eurásia e na América do Norte - após séculos de pesca excessiva para obter a sua "carne" e caviar.
Das 26 espécies de esturjão, 17 são agora consideradas criticamente ameaçadas, disse a IUCN.
"Há algo a ser dito sobre a humanidade, quando uma espécie que sobreviveu aos dinossauros é ameaçada de extinção pelos humanos", disse Beate Striebel-Greiter, líder da iniciativa global em defesa do esturjão do World Wildlife Fund.
J´´a a população de tigres no mundo é cerca de 40% maior do que se pensava anteriormente e, apesar de a espécie continuar ameaçada, o número de animais tem estabilizado, ou possivelmente aumentado.
Segundo a mais recente avaliação estima-se que atualmente haja 5.578 tigres selvagens no mundo, um número superior em cerca de 40% comparativamente aos 3.726 apontados em 2015.
Na atualização da "Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas", a IUCN explica que a diferença se deve sobretudo à melhoria das técnicas de rastreamento utilizadas, o que mostra que há mais tigres selvagens do que se pensava e que esta população "parece estar estável ou em crescimento".
Ainda assim, a espécie continua ameaçada e os principais riscos são a casa furtiva de tigres e das suas presas e a destruição do seu 'habitat' devido "às crescentes pressões agrícolas", aponta a União Internacional, que sublinha a necessidade de expandir as áreas protegidas e a sua gestão eficaz, trabalhando também com as comunidades locais próximas dos 'habitats'.