Neste dia de aniversário, e após um apelo de militantes anti-regime, estão previstas manifestações em toda a Síria sob a palavra de ordem "Dois anos de sacrifícios para a vitória". .Na província de Damasco, onde os rebeldes instalaram bases recuadas para tentar entrar na capital, os bombardeamentos do regime vitimaram pelo menos 15 pessoas em Daraya e Mouadamiyat al-Cham, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), sediado em Londres e que se apoia numa rede de militantes e de fontes médicas no terreno. .Em Damasco, diversos bairros do sul da cidade estavam a ser patrulhados pelos militares e milícias pró-regime, e segundo o OSDH, citado pela agência noticiosa AFP, ocorreram confrontos nas regiões periféricas de Jobar e Qabune. .Em Homs (centro), apelidada "capital da revolução", deflagraram combates entre rebeldes e forças regulares, com bombardeamentos do exército "numa tentativa para recuperar o controlo", precisou a ONG. .Os bombardeamentos também visaram o bairro simbólico de Baba Amr, onde os rebeldes desencadearam em 10 de março um assalto um ano após a sua reconquista pelo exército regular, que agora controla 80% de Homs..Em Alepo (norte), a segunda cidade da Síria, os bombardeamentos atingiram diversos bairros e foram referenciados combates na zona antiga. Na província, prosseguiam ainda confrontos "mortíferos" entre soldados e rebeldes, com o envolvimento de 'jihadistas' da Frente Al-Nosra que procuram apoderar-se dos depósitos de munições na localidade de Khan-Tumane, segundo o OSDH. .Ainda segundo o Observatório, os combates e atos de violência, que não registam qualquer acalmia, provocaram na quinta-feira 178 mortos, 62 civis, 66 rebeldes e 50 soldados. .A contestação pacífica contra o regime de Bashar al-Assad, iniciada em 15 de março de 2011, evoluiu para uma luta armada na sequência da repressão das forças fiéis ao regime. De acordo com a ONU, o conflito já provocou mais de 70.000 mortos.