Talibãs reivindicam duplo atentado. Presidente afegão sai ileso

Pelo menos 26 pessoas morreram após a explosão de uma bomba durante uma ação de campanha do presidente afegão, Ashraf Ghani, em Charikar, capital da província de Parwan, no Afeganistão.
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Os talibãs reivindicaram a autoria do ataque de hoje no norte do Afeganistão numa ação de campanha do presidente afegão que matou pelo menos 26 pessoas e de uma explosão perto do Ministério da Defesa, em Cabul. Num comunicado, o porta-voz do grupo fundamentalista, Zabihullah Mujahid, assumiu a responsabilidade pelos dois ataques.

Segundo o chefe do hospital que recebeu as vítimas, pelo menos 26 pessoas morreram na sequência do ataque em Charikar, que também causou ferimentos em 42 pessoas. Há mulheres e crianças entre as vítimas, disse Abdul Qasim Sangin.

A explosão, que ocorreu às 12:00 locais (8:30 em Lisboa) foi obra de um suicida de moto que se fez explodir contra a primeira barreira de segurança.

O porta-voz da campanha do presidente, Hamed Aziz, confirmou que Ashraf Ghani estava no local, mas que saiu ileso do ataque.

Wahida Shahkar, porta-voz do governador da província de Parwan, disse que a explosão aconteceu na entrada do local, enquanto o comício estava a decorrer.

O Afeganistão tem sido palco de ataques terroristas, numa altura em que o país se prepara para as eleições presidenciais, agendadas para dia 28.

No centro de Cabul, outra explosão causou um número indeterminado de vítimas. O comunicado dos talibãs regozija-se com a morte de "dezenas de pessoas". A AFP confirmou uma dezena de militares e de civis feridos no hospital mais próximo.

Ameaça talibã

Os talibãs ameaçaram intensificar os confrontos com as forças afegãs e estrangeiras para dissuadir o povo de votar nas eleições presidenciais, às quais Ghani se candidata a um segundo mandato de cinco anos.

A segurança nos comícios em todo o país tem sido apertada após as ameaças dos talibãs de atacar iniciativas de campanha e mesas de voto.

As conversações de paz entre os Estados Unidos e os talibãs entraram em colapso na semana passada. As duas partes procuravam chegar a um acordo sobre a retirada de milhares de soldados americanos do Afeganistão em troca de garantias de segurança dos fundamentalistas.

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