O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, voltou a estimular esta sexta-feira que a população brasileira compre armas para não serem escravizados, reiterando o seu discurso pró-armas enquanto aumenta críticas ao poderes judiciário e legislativo do país.."Todos têm comprar fuzil [espingarda] Povo armado jamais será escravizado", afirmou o presidente brasileiro, enquanto falava com apoiantes em Brasília..De seguida, o mandatário ainda ironizou sobre críticas à subida da inflação, dizendo saber que este tipo de arma tem um preço elevado. "Sei que um fuzil custa caro. Há idiotas que dizem: 'Ah, temos é de comprar feijão'. Se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar", afirmou..O chefe de Estado brasileiro - que recentemente aumentou críticas ao sistema de justiça devido à abertura de investigações contra si e contra apoiantes seus e também decisões tomadas pelo Congresso sobre o voto impresso -, disse que não quer interferir no poder judiciário nem no legislativo, mas afirmou que é "difícil governar desta maneira".."Há ferramentas lá dentro [da Constituição] para ganhar a guerra. Há gente que está do lado de fora. É difícil governar um país desta maneira", disse Bolsonaro.."O único dos poderes que está sempre a ser vigiado e cobrado sou eu", acrescentou, em alusão ao seu cargo de presidente e, portanto, chefe do poder executivo durante o período do seu mandato, que termina em 2022.."O que acontece no lado de lá não tem problema. Eu não quero interferir para o lado de lá, nem vou. Agora, têm de nos deixar trabalhar", concluiu.