Pressão sobre o SNS aumenta. Mais 25 pessoas internadas

Nas últimas 24 horas o número de internados fixou-se em 325, mais 25 que no sábado. Dos 707 novos infetados, 450 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo.
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Portugal registou nas últimas 24 horas mais 707 casos de novas infeções e duas mortes por covid-19, segundo os dados do boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo, 13 de junho. Uma das mortes ocorreu em Lisboa e Vale do Tejo e a outra no Algarve.

Nesta altura estão hospitalizadas 325 pessoas, ou seja, mais 25 do que ontem. Nos cuidados intensivos estão 82 doentes, mais cinco do que ontem.

A pandemia está de novo a progredir visto que o número de novos infetados (707) é superior ao número de pessoas recuperadas nas últimas 24 horas (248).

A região de Lisboa e Vale do Tejo regista um número de novos infetados (450) que é bastante mais de metade do que o número total de infetados nas últimas 24 horas. A restante distribuição geográfica dos novos infetados é a seguinte: Norte (+117); Centro (+58); Algarve (+36); Açores (+27); Alentejo (+16) e Madeira (+3).

No total, morreram em Portugal 17047 pessoas desde o início da pandemia. E foram registadas 857 447 pessoas infetadas.

O boletim hoje emitido pela DGS não atualiza os valores da matriz de risco. A incidência nacional é de 79,3 casos de infeção por por 100 000 habitantes, enquanto no continente esse valor é de 78,4.

Já quanto aos valores do R(t) - Índice de Transmissibilidade, ou seja, quantas pessoas são contagiadas por um infetado - são de 1,07 (nacional) e de 1,08 (só no continente).

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já causou, pelo menos, 3.797.342 mortes, desde que a doença foi identificada na China, em dezembro de 2019, segundo um balanço da AFP até às 11:00 deste domingo.

Segundo o relatório da AFP, em todo o mundo já se registaram 175.567.730 casos de infeção pelo SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia. A maioria dos pacientes recuperou, mas uma parte ainda mal avaliada mantém sintomas por semanas ou até meses.

No sábado, foram registadas em 24 horas 11.133 novas mortes e 386.822 novos casos de infeções em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de mortes num só dia foram a Índia (3.303), o Brasil (2.037) e a Colômbia (577).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 599.672 óbitos e 33.457.424 casos, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Brasil, com 486.272 mortes e 17.374.818 casos, Índia, com 370.384 mortes e 29.439.989 casos, México, com 230.095 mortes e 2.452.469 casos, e Peru, com 188.443 mortes e 2.001.059 casos.

O Peru é o país que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 572 óbitos por 100.000 habitantes, e entre os países mais atingidos está também a Hungria com 310, Bósnia com 289, República Checa com 282 e Macedónia do Norte, com 263.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou este domingo, à margem da cimeira do G7, que os países ricos e as empresas farmacêuticas devem "pagar" os programas de vacinação contra o coronavírus nos países em desenvolvimento.

Georgieva, que falou por videoconferência no plenário do encontro em Carbis Bay, no sudoeste de Inglaterra, no sábado, e vai voltar a intervir este domingo, no último dia do encontro, manifestou-se "impressionada com a seriedade com que [os dirigentes do G7] têm abordado a questão de acabar com a pandemia em todo o mundo".

Os líderes de algumas das democracias mais desenvolvidas do planeta expressaram "um claro reconhecimento" de que ajudar os países em desenvolvimento a combater o coronavírus "não é apenas um imperativo moral, mas um passo necessário para que a recuperação económica seja duradoura", disse numa conferência de imprensa.

"Por isso, temos de assegurar que o mundo faça os países ricos e as empresas pagarem", frisou a economista búlgara.

A diretora-geral do FMI sublinhou que a medida mais urgente que se deve tomar é organizar a doação de "vacinas excedentárias" aos países mais pobres.

O G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) espera atingir a meta de entregar mil milhões de doses até ao próximo ano, com os Estados Unidos a prometerem 500 milhões e o Reino Unido outros 100 milhões.

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