Bob Dylan terá novo álbum. Mais covers de Sinatra?
Será o 37.º álbum de Bob Dylan. Já tem título, ainda não tem data de lançamento oficial, embora a Classic Rock afirme que 20 de maio é o dia pelo qual se deverá aguardar. Fallen Angels foi anunciado simultaneamente com uma digressão de 27 concertos pelos Estados Unidos em junho e julho, antecedida por concertos que o músico de 74 anos dará pelo Japão. Dylan levará consigo a cantora de blues e gospel Mavis Staples, com quem o músico teve uma relação amorosa nos anos 60.
Quem comprar dois bilhetes para concertos desta digressão, lia-se no comunicado oficial, receberá um código para ouvir, na altura devida, o novo álbum que, como é habitual em Dylan, já está envolto em alguma mística.
A pergunta que se tem escutado é: o músico cantará, ou não, de novo Sinatra? Fê-lo no seu último álbum, Shadows in the Night (2015), onde cantou temas eternizados pela Voz (the Voice, como Sinatra foi, e é, tantas vezes referido). Canções como I"m a fool to want you ou Autumn Leaves.
A revista Billboard noticiou recentemente que Dylan estaria a gravar nos Capitol Studios, em Hollywood, onde o próprio Sinatra gravou. O engenheiro de som de Dylan - e especialista na sonoridade de Sinatra -, Al Schmitt, que confirmou que este estaria a trabalhar no sucessor de Shadows in the Night, não estendeu a confirmação ao facto de se tratar de canções de Frank Sinatra.
Os fãs, todavia, já têm uma opinião. O álbum será composto, novamente, por covers de Sinatra e até já têm um alinhamento começado. Dele fazem parte Melancholy Mood, All or Nothing at All, Come Rain or Come Shine e That Old Black Magic. São canções que Bob Dylan já cantou em concertos.
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Quanto ao título, Fallen Angels, pensa-se que poderá ser uma referência ao filme homónimo de Otto Preminger - que, segundo sugere o espanhol El Mundo, será um dos filmes favoritos de Dylan. O realizador que assina esse filme de 1945 teve Sinatra como ator no filme The Man With the Golden Arm (O homem do braço de ouro, em português, 1945).
Dylan foi recentemente notícia pela venda do seu arquivo, composto por seis mil peças, comprado pela George Kaiser Family Foundation e pela universidade de Tulsa, EUA, onde este será exposto junto ao espólio de Woody Guthrie, uma referência para o músico. O arquivo, cuja existência era quase uma lenda em torno da qual muito se especulou (com o caderno com as letras do álbum Blood on the Tracks sempre na berlinda), guarda cadernos, cartas, gravações, fotografias e filmes. Foi comprado por um valor que estará entre 15 e 20 milhões de dólares (quantia entre os 14 e 18 milhões de euros).