Boarding Gate

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À partida, temos um dispositivo típico de um thriller mais ou menos romanesco: o reencontro entre uma call girl (Asia Argento) e um homem de negócios (Michael Madsen), tudo envolvido num clima de grande desgaste existencial e vazio afectivo. Herdeiro directo da Nova Vaga francesa, Olivier Assayas (que, curiosamente, também foi crítico nas páginas dos Cahiers du Cinéma) insiste em procurar reencontrar o tom de uma certa cinefilia obviamente ligada ao classicismo de Hollywood. Mas ainda não é desta que consegue repetir a elegância e o intimismo dos seus filmes dos anos 80, nomeadamente o belíssimo L’Enfant de l’Hiver (1989). Para além da competência técnica, fica, sobretudo, a “química” entre o par central de actores, ingloriamente desfeita num final que retoma os  clichés mais gastos da produção francesa e americana.


2/5
Boarding Gate
OLIVIER ASSAYAS
Atalanta

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