Muita timidez nesta primeira longa-metragem de Kate Barker-Froyland, produzida por, entre outros, Jonathan Demme. Uma timidez que surge em combinação espontânea com o registo musical folk, mas que se prorroga na narrativa e interpretações - a começar pelo ator e músico britânico Johnny Flynn, que parece uma criança ruborizada o tempo todo.
A Canção de Uma Vida traz-nos também Anne Hathaway, mais apagada que o costume, mas, ainda assim, capaz de segurar com engenho e naturalidade dramática o tom modesto do filme.
Veja aqui o trailer:
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Na sequência do atropelamento e coma do irmão, que é um talentoso músico de rua, Franny (Hathaway) regressa de Marrocos, onde faz investigação para o seu doutoramento, e vai tentar restabelecer a relação com ele.
A discordância nas opções de vida separara-os, e é nesta circunstância de impossibilidade de comunicação que ela procura conhecer o mundo dele, o que o fascina. Estamos assim perante o efeito reconciliador da música, conquanto esta vá unir, antes de mais, Franny e o cantor predileto do irmão (Flynn)... Uma descoberta serena do amor, por entre uns belos acordes.
Classificação:. **