"Estamos a assistir nas nossas celebrações alguma entrada de muitas composições, que é um bem que saudamos, todavia, nem toda a música é litúrgica e também não podemos reduzir toda música religiosa nas celebrações", disse o vice-presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), José Manuel Imbamba, quando apresentava a agenda de trabalhos da 2.ª Assembleia Ordinária do órgão.."O campo é amplo e há necessidade de alguma disciplina neste sentido, na questão das traduções das músicas, a qualidade das composições, a adequação dos ritmos aos momentos litúrgicos celebrados", afirmou..De acordo com o também arcebispo da província angolana da Luanda Sul, a introdução de regras vai requerer da parte da CEAST "um grande trabalho de formação litúrgica, de formação dos dirigentes de coros e coristas".."Para que o cântico sirva exatamente para ajudar as pessoas a glorificar a Deus e a santificarem-se também", explicou.."Portanto, este processo todo vai requerer alguma disciplina, alguma educação, alguma qualidade também artística para podermos atingir a alma das pessoas, convidando-as através do canto à conversão", concluiu..Hoje os bispos católicos angolanos devem eleger os novos corpos diretivos da CEAST, entre o presidente, o vice-presidente, secretário-geral e executivo e os presidentes das distintas comissões episcopais..Na segunda-feira, durante a abertura dos trabalhos da assembleia, que decorre até sexta-feira, em Luanda, o presidente da CEAST, Filomeno Vieira Dias, desafiou os angolanos a "comprometerem-se" em ajudar os "pobres, abandonados e os desfavorecidos".