Bispos baixam as expectativas e atiram a bola para o Papa

Documento "genérico" e consensual deve remeter decisões para "exortação apostólica" escrita pelo Papa
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Será um documento com "indicações genéricas sobre os grandes desafios" vividos pela família no mundo. Foi com estas palavras que o cardeal Oswald Gracias, arcebispo de Bombaim e membro da comissão de redação do documento final do Sínodo, refreou ontem as expectativas em relação ao texto que os mais de 270 participantes com direito a voto (entre mais de 400 participantes) desta assembleia consultiva deverão aprovar no sábado à tarde.

O documento, tal como o próprio Sínodo, não é um texto decisório. O seu objetivo é, antes, aconselhar o Papa, que, ele sim, redigirá uma "exortação apostólica" de carácter doutrinário, programático e pastoral - ou seja, propondo uma releitura da doutrina sobre a família e consequentes mudanças na prática da Igreja.

Será nesse texto do Papa que, a partir dos diferentes contributos deste processo, se apontarão os caminhos de ação da Igreja neste campo para os próximos tempos. Francisco lançou esta dinâmica há dois anos, com a convocação de um sínodo extraordinário, que decorreu em 2014, preparado por respostas dos crentes e comunidades de todo o mundo, que deu origem a um texto final que, por sua vez, foi a base do documento debatido neste mês pelos bispos.

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