Destacar a contribuição das culturas africanas para a paz no mundo através de uma ampla variedade de expressões culturais das seis regiões de África, entre elas as artes plásticas, música, dança, teatro e literatura, é o objetivo da Bienal de Luanda, que decorre de 18 a 22 de setembro..De acordo com a coordenadora nacional da Bienal de Luanda, Alexandra Apatricío, durante cinco dias o encontro vai congregar polos de reflexão, bem como eventos culturais e desportivos..No âmbito de um acordo firmado entre o Governo angolano e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), a coordenadora nacional da bienal disse que Angola "tem já uma verba inicial reservada a partir de fundos já identificados que é de 505 mil dólares" (cerca de 440 mil euros).."[A verba está] depositada para determinados custos e estamos neste momento a fazer o levantamento de todos os custos de todas essas ações e há já grandes instituições do país e outras internacionais que se aproximaram dispostas a contribuir para as ações da Bienal de Luanda", apontou..Na cerimónia que decorreu hoje no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), em Luanda, a responsável referiu que, no decurso da bienal, "se pretende trabalhar a cultura para a paz tendo em conta a diversidade africana"..Segundo as autoridades angolanas, 12 países, nomeadamente, dois da África do Norte, dois da África Ocidental, dois da África Oriental, dois da África Central, dois da África Austral e dois da diáspora deverão ser participantes.."A ideia desta Bienal é termos um espaço onde podemos contribuir para uma cultura de paz e da prevenção da violência para criar mais ações, partilhar, intercambiar estes momentos que existem em outros países em prol de um desenvolvimento sustentável", realçou..O representante da UNESCO no encontro, Enzo Fazzino, apontou igualmente a relevância da Bienal de Luanda 2019 - Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz assinalando ser uma ocasião para encontrar atores da prevenção de conflitos em África.."E a ideia da criação do Movimento Pan-Africano para a Cultura de Paz que valoriza já as ações em curso e cria oportunidades para que estes projetos possam ganhar maior desenvolvimento", referiu..É também, acrescentou, "uma oportunidade para mostrar a diversidade cultural do continente africano e criar uma sensação de melhor integração entre as culturas africanas. O feito de reunir países de toda a sub-região de África cria maior integração".