Bersani candidato da esquerda às legislativas de 2013
Os primeiros dados, revelados pelo instituto de sondagens Piepoli e citados pela AFP, indicam que Bersani venceu a eleição para candidato com 61,5% dos votos, contra os 38,5% obtidos pelo seu adversário. A vitória do atual líder do Partido Democrático, de 61 anos, foi reconhecida de imediato por Renzi, de 37 anos, presidente da Câmara de Florença.
A escolha do candidato do centro-esquerda surge numa altura em que os inquéritos de opinião sobre as legislativas da Primavera de 2013 indicam que o Partido Democrático é o partido com mais intenções de voto, recolhendo entre 30% a 33%. Em segundo lugar surge o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, que obtém entre 17% e 19%. E em terceira posição surge o Povo da Liberdade, do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
Berlusconi demitiu-se há um ano por causa da crise económica e financeira em Itália e e viu o seu Governo ser substituído pelo do tecnocrata Mario Monti, ex-comissário europeu. Tanto Berlusconi, como Monti ainda não esclareceram totalmente o que pretendem fazer em relação às eleições de 2013, se tencionam apresentar-se ou não.
Estas legislativas em Itália representam apenas um dos escrutínios importantes que acontecem na Europa no próximo ano de 2013. Na Alemanha também haverá umas legislativas importantes, não só para os alemães, como também para todos os membros da União Europeia.
A chanceler alemã, Angela Merkel, que na terça e quarta-feira deverá ser consagrada candidata da CDU a estas eleições, procurará um terceiro mandato em setembro de 2013. A desafiá-la, do lado do SPD (centro-esquerda), está Peer Steinbruck, que já foi seu ministro das Finanças durante o seu primeiro Governo de Grande Coligação (CDU/CSU-SPD).
Se foi Steinbruck o autor da ideia de inscrever na Constituição alemã um limite ao défice e à dívida do Estado alemão - norma que Merkel tenta agora fazer com que todos os outros países (principalmente os da Zona Euro) adoptem - ele difere da atual chanceler nas soluções para resolver a crise europeia e declarou-se já um defensor dos chamados 'eurobonds'.
Apesar de essa ideia poder agradar aos cidadãos dos países europeus fortemente endividados e gravemente afectados pela atual crise, isso não fez subir a popularidade de Steinbruck entre os alemães, que, ao que tudo indica, continuam a preferir Angela Merkel.